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Teatro do Paiol

Do Chorinho ao Samba

Mais do que um simples espetáculo de fim-de-semana, as duas únicas apresentações "Do Chorinho ao Samba" (Teatro do Paiol, hoje e amanhã, 21 horas) se constituem, na verdade, em didáticas récitas sobre uma das mais importantes fases de nossa música popular, produzida com tal esmero que mereceria ser incluído pelo Ministério da Educação e Cultura, em seu oneroso - nem sempre devidamente eficiente - Plano de Ação Cultural.

As mulheres, o teatro & a música

Betty Erthal, 25 anos, formada pela [Escola] de Arte Dramática da Guanabara, participação em 3 elogiados espetáculos - "A Capital Federal" de Arthur Azevedo, "Dorotea" de Nelson Rodrigues e "A Torre em Concurso" de Joaquim Manuel de Macedo, tem agora sua prova de fogo em termos teatrais: foi escolhida para substituir a superstar Marília Pêra na remontagem de "Apareceu a Margarida" de Roberto Athayde e na opinião de quem viu a montagem anterior, está muitos pontos acima da interpretação daquela famosa atriz.

O histórico musical

Os aplausos entusiásticos de mais de 500 pessoas, exigindo nada menos que três "bis" após o final do espetáculo "Do Chorinho ao Samba" (Teatro do Paiol, sábado e domingo passados) vieram confirmar não só o alto nível do didático show que teve sua estréia nacional no Paraná, mas também o interesse de um público inteligente, sensível e entusiasmado pela nossa melhor música popular.

Apareceu a Margarida

Uma peça de um jovem (25 anos) autor que consegue permanecer na GB sete meses em cartaz com casas lotadas, lhe dá o mais importante troféu do teatro brasileiro (Prêmio Miliére-73) e interessa a produtores internacionais para montagens quase que simultâneas em Paris (com Annie Girardot, estreado há uma semana em Londres (em breve, com Glenda Jackson), não deixa de constituir um programa indispensável para quem se interessa por teatro.

Artigo em 04.10.1974

Um dos momentos de maior entusiasmo do público que assiste "A Feira" (Teatro do Paiol, até domingo, 21 horas) é quando Marcelo Mello, violão e letrista do Quinteto Violado, diz alguns versos de Zé Limeira, um dos mais famosos cantadores do Nordeste, nascido na Paraíba e cuja fama já justificou inclusive ensaios críticos sobre sua literatura de cordel, adjetivada de "O Surrealismo dos Pobres". Uma vez, querendo elogias a filha do delegado da cidade em que se encontrara, Zé Limeira disse estes versos: Esta moça se parece Com um pé de vegetação Porteira de pau a pique

A Feira dos Violados

Dando uma pequena lição de Brasil e um público que só agora começa a descobrir a beleza e sinceridade da cultura popular do Nordeste, o Quinteto Violado oferece em "A Feira" (Teatro Paiol, até domingo, 21 horas) 120 minutos de imensa riqueza melódica, conduzida com muito bom humor e espontaneidade pelos cinco músicos nordestinos, mais a participação do acorcordeonista Dominguinhos (José Domingos Morais, 33 anos), o autor (em parceria com Anastasia) do maior sucesso de Gilberto Gil no ano passado: "Eu Só Quero Um Xodó".

A cerveja & a sua festa

Vestido de tirolês, peninha verde no legítimo chapéu alpino - presente de uma paroquina recém-chegada da Europa - o frei Pio - o mais comunicativo dos religiosos do Estado, imitou Vinicius de Moraes - que há três anos inaugurou o Teatro do Paiol (27/12/1971, 22 horas) benzendo-o com legítimo Passeport - e também deu a sua benção à Oktoberfest (Clube Concórdia, sábado, 20 horas), substituindo o nectar escocês pelo espumante chope da Brahma.

Mais um teatro para Curitiba (o de Zé Maria)

Três anos depois da inauguração do Teatro do Paiol (27.12.71) e quando, finalmente, após 24 anos se conclui o auditório Bento Munhoz da Rocha [Netto] que com 2.300 lugares será o maior do Brasil e o segundo da América do Sul (o Colon, em Buenos Aires, com 2.500 lugares continua liderando), Curitiba poderá ter ainda este ano ou no máximo nos primeiros meses de 1975, uma nova casa de espetáculos.

Musicais

O Curso de Introdução à Música Popular, realizado em novembro do ano passado no Teatro do Paiol, foi tão bem estruturado que o Departamento de Letras da PUC, na Guanabara, iniciou uma promoção semelhante, nos mesmos moldes, no dia 27 de maio último.

O importante Choro no bandolim de Déo Rian

No meio da diversificação e riqueza da música popular brasileira, uma coisa é certa: o choro é sua manifestação mais elaborada, de maior sentido criador. Tanto em sua estrutura - geralmente em três partes, concebidas em três tonalidades, com amplas variações dentro de cada uma - como em sua forma de execução, na qual a divisão básica de funções instrumentais apoia a liberdade de improvisação, fazendo de cada peça uma nova peça a cada execução.
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