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O Mundo Perdido de Kozak

As pesquisas de Solange no Festival de Brasília

Os dois adiamentos que a 21ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro sofreram acabaram prejudicando a pesquisadora Solange Straube Stecz, de Curitiba. É que como integrante do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro, Solange teve lançado durante a reunião desta instituição, num dos eventos paralelos do Festival de Brasília, o seu estudo "Jacarezinho, A Cidade Rainha do Norte do Paraná" (ensaio sobre o primeiro filme da década de 40 sobre o norte pioneiro), na manhã de segunda-feira, 31 de outubro.

Festivais mostram cinema que se aprende na escola

Os festivais de cinema estão abrindo-se para uma vitrine dos filmes realizados por uma novíssima geração, saída dos (poucos) cursos existentes no Brasil. Este ano, a maior revelação foi da dupla Paulo Halm e Luiz Campos, da Universidade Federal Fluminense, que com o contundente "PSW - Uma Crônica Subversiva", média metragem de 50 minutos, denunciando o desaparecimento do deputado catarinense Paulo Stuart Wright, em setembro de 1973, nos cárceres do DOI-COI, São Paulo, praticamente revelaram mais um fato trágico dos anos de ditadura e que permanecia esquecido da história oficial.

Bianchi e Severo na busca dos Candangos

Três cineastas do Paraná estarão competindo no 21º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (de hoje a 1º de novembro), adiado por duas vezes. Dois realizadores nascidos no Paraná, mas radicados em São Paulo e Rio de Janeiro - Sérgio Bianchi (de Ponta Grossa) e Joatan Vilela Berbel (de Londrina), respectivamente, competirão na categoria de longa ("Romance") e curta-metragem em 16mm ("Os Donos da Terra" e "Café Soçaite", de Joatan).

Um festival do real sem estrelismos

Salvador - Não há mais estrelas globais, rostos famosos, e mesmo belas "panteras" nas sessões. Ao contrário, as sessões acontecem em salas modestas, na maioria dos filmes projetados em 16 milímetros. A cobertura jornalística e da televisão é mínima. Os jornais nacionais ignoram e até a imprensa local dá pouco espaço. Entretanto, ininterruptamente, a Jornada Internacional de Cinema da Bahia, acontece desde 1972, com um prestígio cada vez maior.

Espaços alternativos e direitos humanos em discussão na Jornada

Salvador - O mais importante documentário realizado no Brasil nos últimos anos sobre a questão cultural, "Memória Viva", de Octávio Bezerra, premiado no IV FestRio, continua inédito quase um ano após ter sido aplaudido pelos que o assistiram na única exibição realizada no Hotel Nacional. Bezerra, 44 anos, mostra-se revoltado com a Embrafilme: - "Não existe o menor plano de lançamento para este filme, nem para tantos outros projetos especiais, que ficam bloqueados devido à incompetência da empresa em sua área de comercialização".

No campo de batalha

1) Um índio circula pelas salas de exibição da Jornada filmando os eventos com uma câmara de vídeo: Pedro Mendes Gabriel veio representar a tribo Ticuna na exibição do vídeo "Tonu" (Nossa Sabedoria), dirigido pelo antropólogo Renato Pereira. 2) Pela primeira vez na história da Jornada uma produção do Paraguai, de rara filmografia (o mercado é ocupado totalmente por produções estrangeiras): "Todos Conecemos El Final", vídeo de 11 minutos, de Juan Carlos Meneglia, ficção de narrativa não convencional, com imagens voltadas para o surrealismo.

"Kozák" volta de Salvador com mais duas premiações

Salvador - Mais dois prêmios para o "O Mundo Perdido de Kozák". Agora foram dois Tatus, prêmios da XVII Jornada de Cinema da Bahia, encerrada na noite de quarta-feira, 14 - e que vieram se somar ao Kikito de melhor roteiro (XVI Festival do Cinema Brasileiro de Gramado, junho/88) e aos dois Sol de Prata (melhor filme curta, melhor direção) e troféu Macunaíma (melhor filme do festival) no IV Rio-Cine Festival (Rio de Janeiro, agosto/88), as premiações que Fernando Severo vem obtendo com suas homenagens ao cineasta Vlademir Kozák (1897-1979).

Documentários sobre questões indígenas

Assim como a questão negra teve diferentes enfoques nos vídeos apresentados em Salvador, durante a XVII Jornada de Cinema (8 a 14 de setembro), também a abordagem de assuntos relacionados aos índios mereceu apreciações em vários trabalhos em competição. Confirmou-se, assim, a preocupação dos realizadores agrupados nesta mostra que Guido Araújo promove desde 1972, na utilização da força das imagens como denúncia de graves problemas sociais.

Constituinte adiou o Festival de Brasília

Até ontem, Fernando Severo ainda não havia recebido confirmação sobre se "O Mundo Perdido de Kozák" poderá ou não disputar o 21o. Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (5 a 11 de outubro). É que o regulamento deste evento - o mais antigo do cinema brasileiro - veta a participação, na área competitiva, dos filmes que já tenham obtido premiação principal em outros festivais.
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