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Tarik de Souza

O modificado som do Carnaval brasileiro

Há mais de quinze anos que os registros musicais do Carnaval são melancólicos. A lamúria é sempre a mesma: só se canta as marchinhas e (alguns) sambas do passado, especialmente dos grandes mestres – como Lamartine Babo e João de Barro.

10 ANOS SEM ELIS REGINA (Porto Alegre, 17/3/45 - São Paulo, 19/1/1982)

10 anos sem Elis! Há exatamente dez anos - madrugada de 18 para 19 de janeiro de 1982, vítima de uma overdose, a cantora mais famosa do Brasil morria, solitária, em seu apartamento em São Paulo. Foi um choque para todo o país. Desde Francisco Alves - cuja morte, num acidente automobilístico na via Dutra, na manhã de 27 de setembro de 1952, também fez o Brasil chorar - não havia tanta comoção pela morte de uma artista popular.

Música Brasileira - As reedições chegam com qualidade

Por múltiplas razões, a reedição se tornou uma forma de gravadores tradicionais - ou mesmo produtoras independentes, na área nostálgica - para enfrentar estes tempos de recessão. Afinal, para as gravadoras que dispõem de grandes acervos não custa quase nada providenciar remontagens de gravações de artistas que passaram pelos seus estúdios. Infelizmente, a maioria dos lançamentos é feita de uma forma caça-níquel - e nisto a Continental é campeã absoluta - recolocando dezenas de vezes no mercado, com títulos e capas diferentes, as mais esdrúxulas montagens.

MELHORES REEDIÇÕES

1. Bossa Nova/Elenco: Nara Leão, Antônio Carlos Jobim, Baden Powel; Caymmi Visita Tom; a Música de Edu Lobo; Vinícius/Caymmi no Zum-Zumb. Reedição supervisionada por Tarik de Souza - Elenco/Philips/Polygram. 2. Naquele Tempo (Choros e Valsas) - Pixinguinha-Benedito Lacerda-Custódio Mesquita e orquestra - Garoto - Carolina Cardoso de Menezes - Coordenação Leon Barg (Revivendo, com fonogramas RCA). 3. Carnaval - Sua História, sua Glória (seis volumes) diversos intérpretes (Revivendo).

Tom grava Noel Rosa para o songbook que Almir produz

Num ano de escassas edições musicais de bom nível - no qual será difícil fazer os tradicionais destaques da área fonográfica - uma das esperanças maiores se concentra no álbum duplo que o produtor Almir Chediak está realizando em homenagem a Noel Rosa (1910-1937). Depois do exaustivo estudo de João Máximo e Carlos Ridier - "Noel Rosa: uma biografia" (Editora da Universidade de Brasília, 1990), é a Lumiar Editora quem vai reverenciar aquele que para muitos continua sendo o nosso maior compositor popular.

The Best of Brazil, a personalidade recondicionada para consumo externo

Durante anos um dos negócios alternativos lucrativos para quem desejava estabelecer-se numa área paralelamente cultural era a de comercializar discos antigos. Afinal, era só nos "sebos" que se poderia encontrar discos editados há 10, 15 ou 30 anos e que, retirados de catálogos, esgotados, tornavam-se "collector's itens". Disto aproveitavam-se alguns donos de "sebos", cotando em somas elevadíssimas as raridades mais procuradas.

Brasilidade nas dez canções concorrentes

São Paulo Venceu a brasilidade! Duas belíssimas canções de raízes interioranas - "Brabuleta" (Marcos Flexa/Paulo Azevedo) e "Tâmarera" (Marku Ribas/José Edward) - falando em ecologia e natureza, mas com extrema originalidade - e até rock-protesto ("Eládio"), do mineiro Sérgio Moreira, ironizando o desprestigiamento da música brasileira por disc-jóqueis colonizados - foram vitoriosas do Festival Carrefour de MPB (domingo, ginásio do Pacaembu).

Chega de espera! Chegou JOÃO, o disco do ano!

Afinal, aconteceu! Saiu o disco do ano! João - O cultuado, aguardado, sonhado, adorado elepê que traz novamente o mítico Gilberto do Prado Teixeira de Oliveira, baiano de Juazeiro, próximo aos 60 anos - a serem comemorados como feriado musical no próximo dia 10 de junho, já está nas lojas - em vinil, cromo e CD - nestas duas últimas versões com duas fitas extras que no elepê tradicional não entraram: "Sorriu pra Mim" (Garoto / Luiz Cláudio) e "Que Rest-t-il de Nos Amours" (Charles Trémet / Leon Chouliac).

Antologia dos repórteres violeiros do "old south"

Enquanto o histórico Robert Johnson ganha uma edição a parte, a série "Roots in Blues", em sete álbuns independentes, dedica três a mitos da área - Big Bill Broonzy, Loonie Johnson e Willie Nelson - e os demais separados por temas com participações coletivas. Assim, temos o "News & The Blues", dedicado basicamente aquilo que Tarik de Souza ("Jornal do Brasil", 14/04/91) chamou de "repórteres violeiros".
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