Login do usuário

Aramis
Conteúdo sindicalizado RSS Paulo Tapajós

Paulo Tapajós

De como se perde no Ceará mais um pedaço da memória

Entre 27 de fevereiro a 1º de março de 1975, quando, pela primeira vez, estudiosos da música popular brasileira se reuniram em Curitiba - num encontro realizado paralelamente ao festival de MPB que marcava o calendário comemorativo de inauguração do Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, um pesquisador nordestino, magro e tímido, impressionou experts com o sempre lembrado Lucio Rangel, Sergio Cabral, Paulo Tapajós, Paixão Cortês, José Domingos Raffaelli e Miecio Caffé, entre outros. Mostrando fichas indicativas e fazendo correções de importantes fatos ligados à nossa música.

No campo de batalha

O ator Airton Muller, animador do Mobralteca-Klabin, é o ativo representante no Paraná do Fã Clube Nacional Borba e assim distribuiu, localmente, os convites para as comemorações do aniversário da "Favorita da Marinha".

Da trilha de Ponzio à história dos jingles.

Luís Fernando Amaral, compositor de méritos e que se destacou a partir de seu trabalho em "O Contestado", de Romario Borelli, é quem assina a trilha sonora de "Deu a louca em Vila Velha", segunda aventura do lojista Arlindo Ponzio na área de cinema. Como fez fortuna vendendo discos sertanejos e aparelhos de som de baixo custo, em sua loja na Rua Voluntários da pátria, Ponzio decidiu capitalizar seu "know-how" na área: bancou a produção de um elepe com os temas de Luís Fernando Amaral, que entretanto não teve ainda a divulgação necessária.

Lúcio Rangel dá nome para estimular a MPB

Uma das melhores iniciativas da Funarte, através de sua Consultoria de Projetos Especiais, foi reestruturada para melhor: o concurso de monografias iniciado em 1977, tendo por tema Pixinguinha (e vencido pelo jornalista Sérgio Cabral, que está nos vídeos da cidade, fazendo o comercial da Rádio Brasil FM, que só executa MPB), passou agora a ter o nome de "Projeto Lúcio Rangel de Monografias", em homenagem ao pioneiro do jornalismo crítico musical brasileiro, falecido há poucos meses.

No campo de batalha

Depois de Rita Eliana, soprano que vem se dedicando à pintura, outra mulher de sensibilidade, ligada à música, vai mostrar seu talento pictórico: Dayse Riscatela inaugura hoje sua primeira individual no Santa Mônica Clube de Campo. Dayse é pianista, tem algumas composições (que, "egoisticamente", esconde até de seus melhores amigos) e nos últimos meses tem se dividido entre os teclados e os pincéis. xxx

No campo de batalha

Apesar de estar chegando do Rio de Janeiro, onde acompanhou o governador Ney Braga, Cleto De Assis, secretário da comunicação social do Governo, resistiu ao cansaço e no sábado passado aproveitou pra rever dois grandes amigos que não via há muitos anos: o artista Franco Giglio e o produtor Paulo Tapajós. Giglio, amigo de Cleto desde que chegou em Curitiba, no início dos anos 50, está há 10 dias na cidade e, junto com sua esposa, Rosely, tem estado ocupadíssimo, tantos são os amigos desejos de recebê-los e homenageá-los.

De fora II

Duas dicas musicais, para quem passar pelo Rio de Janeiro e quiser assistir boa música; ambas no Teatro Vanucchi, uma das 4 salas de espetáculos que funciona no supercentro comercial da Gávea: às segundas e terças-feiras, o saxofonista Victor Assis Brasil está apresentando um espetáculo de jazz de melhor categoria, para comemorar o lançamento de seu 5.º elepê, o primeiro que faz na Odeon, uma produção cuidadosa, capa dupla, texto de José Domingos Raffaelli e que tem até um tema em homenagem a Maurício Einhorn.

Chiquinha, Vadico & Jacob

Felizmente a memória da música brasileira, embora sempre carecendo de fosfatos, tem recebido algumas (válidas) contribuições. Mesmo a Continental, hoje com novos diretores, tendo interrompido há mais de um ano a válida série de reedições, que João Luiz Ferreti, com sua cultura e bom gosto, ali vinha realizando, a RGE e, agora, a K-Tel, está sabendo utilizar o muito que Ferreti sabe para selecionar faixas e preparar textos para suas reedições.

Crianças, marketing & consumo

UMA revelação feita pelo flautista Altamiro Carrilho, domingo passado, na gravação de um depoimento: foi ele quem, há 20 anos passados, teve a idéia de transformar um palhaço, de grande popularidade junto as platéias infantis, em cantor. O resultado foi que a partir de "O Bom Menino" (do próprio Altamiro), Carequinha tornou-se num dos maiores vendedores de discos da fábrica Copacabana. Ali fez 16 elepês, todos com canções infantis que até hoje se mantém em catálogo.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br