Moyses Lupion
36 anos depois, o Guaíra ainda não está terminado
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de outubro de 1986
Dedicando-se em full-time ao projeto de construção do novo Palácio Avenida, afinal deslanchado após 18 anos de espera, o arquiteto Rubens Meister nem por isto descuida de lembrar, sempre que possível, daquela que considera, com justa razão, a menina dos olhos entre tantas centenas de obras que planejou ao longo de uma brilhante carreira: o Teatro Guaíra.
Por incrível que pareça, até hoje, às vésperas do 40º aniversário do projeto do Teatro Guaíra (1948), - e 12 anos após a inauguração da obra que se arrastou por mais de vinte anos - não se pode dizer que a mesma está totalmente concluída.
As obras de arte nos porões da burocracia
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de novembro de 1986
Há 15 anos, quando assumiu pela primeira vez a Prefeitura de Curitiba, uma das primeiras preocupações do arquiteto Jaime Lerner foi perguntar pelas obras de arte do município. Homem culto, conhecedor da boa pintura e escultura, Jaime surpreendeu os velhos funcionários: afinal, era a primeira vez que um prefeito se preocupava com o acervo artístico da casa. Um acervo pequeno é claro, mas que revelou preciosidades com um precioso óleo de Guignard, em sua melhor fase - que hoje vale, tranquilamente, mais de Cz$ 600 mil.
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Um palácio com muitas estórias
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de dezembro de 1986
Construído como residência da riquíssima família Garmatter nos anos 30, o Palácio São Francisco teve o mesmo destino que a Sociedade Garibaldi durante a guerra: foi requisitada pelo Estado e transformado em sede do governo. Ali, o todo poderoso interventor Manoel Ribas (Ponta Grossa, 8/3/1873-Curitiba, 28/1/1946) administrou o Paraná, com mão-de-ferro, por 13 anos consecutivos, dentro de sua filosofia: "Desprezando o protocolo e as etiquetas sociais, indiferente à legislação, a intenção é unicamente reerguer o Paraná".
Mbá deixa o Arquivo Público
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 29 de março de 1987
Após dirigir por quase 36 anos o Arquivo Público do Estado, o advogado Mbá de Ferrante deixou, há uma semana, o cargo para o qual foi nomeado em 1956, pelo deputado Guataçara Borba Carneiro - quando este substituiu temporariamente a Moysés Lupion no governo do Estado. Uma marca, sem dúvida, permanecer quase quatro décadas ocupando um cargo de confiança no terceiro escalão. Mbá, 68 anos, ex-presidente do Clube Curitibano e filho de um dos pioneiros do teatro paranaense - Salvador de Ferrante, viu passarem mais de dez governadores pelo Palácio Iguaçu e todos os confirmaram no cargo.
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Uma superintendência com muitos problemas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de fevereiro de 1987
Qual o fascínio do cargo de diretor superintendente da Fundação Teatro Guaíra? Salário, não é. Afinal, mesmo com todas as vantagens, o vencimento do superintendente não ultrapassa a Cz$ 15 mil - menos do que um executivo junior recebe em qualquer empresa bem estruturada.
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No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 17 de julho de 1986
Emocionante o trabalho dos associados da Editora dos Artistas Pintores Sem Mãos, de São Paulo (Rua Tupi, 442, CEP 01223, SP): produzem calendários, cartões de Natal, cartões para presentes, papel carta etc., com criações que são executadas através dos pincéis e lápis de cor pendurados na boca.
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Quem quiser adquirir os trabalhos destes artistas aos quais a tragédia de perderem as mãos não retirou a criatividade, podem solicitar material para a Editora dos Artistas Pintores Sem Mãos. Os preços são baratos entre Cz$ 4,50 e Cz$ 13,00, nos cartões e calendários.
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O free-shop e esportes de elite para turismo em Foz
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de julho de 1986
A implantação de um imenso free-shop em Foz do Iguaçu, capaz de equilibrar o comércio daquela cidade frente ao desgaste que representa a atração da "vitrine do mundo" oferecida em Puerto Stroessner, é uma das sugestões que o arquiteto Ayrton Cornelsen propôs, em bem fundamentado estudo que o suplente de senador, Roberto Wypich, encampou em termos de reivindicação política.
O pente que abalou a cidade por três dias
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 19 de março de 1986
Passando por Curitiba na última quinta-feira, o cineasta Eduardo Coutinho acabou tendo um especial privilégio: foi um dos primeiros espectadores de "A Guerra do Pente - O Dia Em Que Curitiba Explodiu", em projeção especial na Cinemateca do Museu Guido Viaro. Para o realizador de "Cabra Marcado Para Morrer" como a outras pessoas que viram esta pré-estréia do filme de Palito (lançamento oficial na noite de 29 de março, 20h30min), o filme consegue transmitir basicamente emoção e criatividade.
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O livro de Vaz sobre a verdade de Lupion
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de julho de 1986
Há pelo menos 20 anos o advogado Raul Vaz prometia um livro sobre Moisés Lupion. Amigos desde 1933, Raul Vaz foi seu advogado antes dele ingressar na política, acompanhou nas duas administrações, foi secretário da Justiça e o Interior e, nomeado para o Triobunal de Contas, presidiu aquela corte por 15 anos. Poucos, como ele, privaram tanto da intimidade e amizade de Lupion, que, em eleições diretas, por duas vezes foi governador do Paraná.
Xiquinho e a arte da diagramação na Tribuna
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de outubro de 1985
Um dos motivos que fizeram a TRIBUNA DO PARANÁ tornar-se um dos jornais de maior circulação do Paraná - e o líder natural em Curitiba - desde o primeiro número, há 29 anos passados, foi, sem dúvida, a apresentação gráfica. Quando o jornalista João Féder, primeiro secretario de redação do vespertino (que nasceu em outubro de 1956), assumiu a coordenação do projeto idealizado pelos então proprietários da Editora "O Estado do Paraná" (Fernando Afonso de Camargo e Aristides Merhy), o fez com uma idéia bem definida: a imprensa paranaense precisava de uma sacudida.