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Museu de Arte Contemporânea

Arte maior de Teca Sandrini

Os desenhos e pinturas de Estela Sandrini dizem muito. São figuras estranhas, animais exóticos, bicos compridos - imagens que permanecem na retina de quem sabe apreciá-las. São fortes e belos e hoje já se espalham pelas melhores coleções do País - e mesmo no Exterior. A exposição que inaugurou ontem, na Casa da Cultura em Florianópolis - Museu de Arte de Santa Catarina, dirigido por Harry Laus, dividido com trabalhos de Guida Soifer, representa mais uma importante mostra no já respeitável curriculum da querida Teca, a grande premiada do último Salão Paranaense de Belas Artes. xxx

As obras de arte nos porões da burocracia

Há 15 anos, quando assumiu pela primeira vez a Prefeitura de Curitiba, uma das primeiras preocupações do arquiteto Jaime Lerner foi perguntar pelas obras de arte do município. Homem culto, conhecedor da boa pintura e escultura, Jaime surpreendeu os velhos funcionários: afinal, era a primeira vez que um prefeito se preocupava com o acervo artístico da casa. Um acervo pequeno é claro, mas que revelou preciosidades com um precioso óleo de Guignard, em sua melhor fase - que hoje vale, tranquilamente, mais de Cz$ 600 mil.

No Campo de Batalha

Miguel Proença, pianista gaúcho que hoje dirige a Sala Cecília Meireles, não deixa cair a peteca como virtuose do teclado. Ao lado de várias atividades, vem gravando discos com obras de vários compositores e após um álbum dedicado a Frutuoso Vianna (1896-1976), acaba de fazer um elepê com peças de Edino Kruguer, catarinense, há anos dirigindo o Instituto Nacional de Música/Funarte, e de seu pai, Aldo Kruguer (1903-1972), mestre-de-banda de Blumenau, autor de várias peças marcantes. xxx

O museu que Suzana quer (para o João inaugurar)

Enquanto para algumas Secretarias os nomes já foram definidos, na área da Cultura e Esportes, até ontem, ainda havia uma crescente bolsa de candidatos. Aos que surgiram ainda nos meses de campanha de Álvaro Dias - como o colunista Alcy Ramalho e o vereador Neivo Beraldin - acrescentaram-se, nas últimas horas, alguns outros, com bom cacife. Entre eles, os do jurista e professor René Dotti e o publicitário e escritor Jamil Snege.

Estela se posiciona na polêmica do Salão

A polêmica explodiu, cresceu e arrefeceu: a premiação do último Salão Paranaense de Belas Artes, com a virada da mesa do crítico Walmir Ayala, gaúcho radicado no Rio de Janeiro. Só que no bate-boca que se estabeleceu, quem não foi ouvido foi justamente a artista Estela Sandrini, premiada maior do tumultuado salão. Por isto mesmo, embora seja uma pessoa discreta e avessa a autobadalação, a estimada "Teca" - como os amigos chamam - distribuiu uma carta simpática, posicionando-se a respeito. Um documento que merece divulgação, independente da polêmica. xxx

Fernando vai tentar fazer com que mecenas apareçam

Globetrotter que só reduziu as suas viagens internacionais nos últimos meses devido a ter assumido a Secretaria da Indústria e Comércio, o advogado Fernando Miranda é um homem de sensibilidade cultural. Ao longo de viagens pelos quatro cantos do mundo - quase sempre em decorrência de suas atividades como especialista paranaense em comércio exterior - Fernando sempre procurou usar suas horas de folga para assistir bons espetáculos, visitar museus e conhecer melhor o que cada cidade oferece ao visitante inteligente.

As mulheres tiveram sua vez e hora

Se as mulheres peemedebistas tem se queixado da falta de uma representante no primeiro escalão do governo Álvaro Dias - e mesmo melhor aproveitamento das representantes do (outrora) sexo frágil em funções de destaque no segundo e terceiro escalão, ao menos na Secretaria da Cultura não há razões para reclamações. O secretário Renê Dotti prestigiou bastante as mulheres em sua pasta, reservando funções de destaque - e escolhendo pessoas competentes para os diferentes cargos. xxx

Faltou a qualidade nos livros de arte

Até agora a Secretaria da Cultura ainda não recebeu os dois belos livros de arte que deveriam ter sido oficialmente lançados ainda na administração da professora Suzana Munhoz da Rocha Guimarães. A razão é simples: por apresentarem falhas de impressão e encadernação, tanto o álbum-catálogo da exposição "Tradição/Contradição" como "Sete Quedas", com fotografias de Helmuth Erich Wagner, foram devolvidas, com razão, às gráficas que as imprimiram. Afinal, com um custo de muitos milhões de cruzados, é injustificável apresentar livros de arte que não tenham acabamento de alto nível. xxx

Xico, o escultor das belas formas

As marchands Ida Axelrud e Anita Guelmann conseguem dar um diferencial à galeria que possuem na alameda Dom Pedro II, 255. Profissionais respeitadas e sérias num setor que teve um boom de discutível credibilidade tal o número de aventureiros(as) que apareceram nos últimos anos, Ida & Anita sabem escolher os artistas para suas exposições. Por exemplo, durante anos tiveram a exclusividade nos trabalhos de Juarez Machado, hoje em Paris e que só agora vai fazer uma mostra de trabalhos recentes - aliás em outra honesta galeria da cidade, a do arquiteto Waldir Assis.
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