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Cinemas apresentam agradáveis estréias

Numa semana em que, felizmente, continua em cartaz um dos filmes mais conscientes e importantes do ano - o admirável "Condenado por Suspeita" de Henry Winkler (cine Ritz, 5 sessões) - surgem quatro estréias digestivas e agradáveis. Entre os lançamentos, "Contos de Primavera" do francês Eric Rohmer (Luz) é o de maior importância, embora a comédia "O Pequeno Diabo", do italiano Roberto Benigni (Groff) também mereça atenção.

"A Grande Arte" e "O Pescador de Ilusões" são as melhores estréias

Mais seis estréias neste final de ano - entre as quais duas que, com boa vontade, poderão ser nominadas entre os 10 melhores do ano, cujas listagens já começam a ser preparadas. "A Grande Arte", de Walter Salles Jr., do romance de Rubens Fonseca, superprodução (US$ 5 milhões) para os padrões nacionais, mas com esquema internacional e, inclusive, grande parte dos diálogos em inglês, é o lançamento mais esperado - embora a repercussão no eixo Rio-São Paulo, mesmo com toda a mídia, tenha sido abaixo do que os produtores esperavam.

Vamos documentar nossos artistas quando jovens?

Afinal os irmãos Schulmann conseguiram terminar o vídeo "De Bona caro nome", sobre o pintor Theodoro De Bona. Lamentavelmente, devido ao precário estado de saúde deste último mestre da velha escola da pintura paranaense, o documentário foi calcado em depoimentos a seu respeito, sem a sua intervenção direta. Ou seja: um trabalho que deveria já ter sido feito à anos, quando, de viva voz, o paisagista paranaense poderia ter prestado um belo depoimento.

Videonotas

Voltada inicialmente apenas a filmes de arte - chegou a lançar "Hiroshima, Meu Amor", de Resnais (indicado para a premiação máxima na escolha da revista "Vídeo News"), a Sagres está rendendo-se ao comercialismo do mercado. Assim é que seu último pacote traz uma insossa comédia de Dick Clemente com Kirk Douglas e a francesa Marlene Jobert ("Um Espião por meu Marido", 1973), o pastiche "O Filho do Capitão Blood", 1972, de Tolio Demicheli, com Sean Flynn - na busca inútil do filão que consagrou seu pai, Erol; e "Uma Winchester entre Mil" (Itália, 1968, de Primo Zeglio).

Amor e sorrisos numa comédia sofisticada

Existem filmes-reflexões assim como os filmes-utilidade pública. Mas há também os filmes-entretenimento realizados com dignidade e que cumprem uma das funções do cinema: a diversão. "Ensina-me a Querer" (cine Palace-Itália, hoje último dia em exibição) é um exemplo nesta última categoria.

Quando o comunismo assustava a América

Quando "Sob o Domínio do Mal" (Lido II, hoje último dia em exibição) foi realizado, falava-se muito em lavagem cerebral em termos ideológicos. A guerra da Coréia já havia terminado mas as feridas eram recentes (como hoje, 11 anos depois, permanecem as do Vietnã), de forma que quando Richard Condon publicou o livro "The Manchurian Candidate", vários atores importantes se interessaram em interpretar as personagens centrais no cinema. Robert Mitchum e Frank Sinatra foram os primeiros. Surgiram, entretanto, dificuldades de adaptá-lo e o projeto foi adiado.

Afinal os clássicos da MGM chegarão em vídeos

Com toda razão a Metro Goldwyn Mayer foi muito cautelosa em entrar no mercado de vídeo no Brasil. De princípio, esperou que houvesse o necessário saneamento da pirataria - que se ainda não atingiu a 100%, eliminou pelo menos os gangsters mais conhecidos. Depois, havia necessidade de escolher bem quem cuidaria de sua representação, já que dispõe de um dos acervos mais valiosos da indústria cinematográfica mundial.

Violência, terror e comédia para melhoras as bilheterias

Em época de salas esvaziadas, com o público cada vez mais distante dos cinemas, só produções que tenham o tripé ação-violência-terror conseguem razoáveis bilheterias. Assim, depois de "Rambo III" e "Inferno Vermelho" (agora no Cinema I), duas das poucas grandes bilheterias dos últimos meses, temos cinco estréias capazes de darem uma reação: a violência em "Duro de Matar" (Plaza), "Nico, Acima da Lei" (Astor) e "Braddock III - O Resgate" (Palace Itália), o terror em "Príncipe das Sombras" (São João) e a comédia de "Um Príncipe em Nova Iorque" (Condor).

Em uma semana, o que vem de melhor no próximo ano

A crise de espectadores não atinge apenas os filmes brasileiros - embora nestes a recessão seja maior. Com exceção de filmes de ação, violência e terror - tipo "Sexta-feira 13", "A Hora do Pesadelo", "Rambo", "Inferno Vermelho" - e agora, nesta semana, "Príncipe das Sombras" (São João), "Duro de Matar" (Plaza) e "Nico, Acima da Lei" (Astor), as bilheterias têm sido reduzidíssimas.

Um filme cubano, entre terror e a violência, são as estréias

Cinco estréias nesta semana que os exibidores chamam de "tapa-buraco", considerando-se que será na próxima quinta-feira o início da Operação Natal com as produções de maior apelo ao grande público e que permanecerão até meados de fevereiro em cartaz: "Uma cilada para Roger Rabbit" (Astor), "O Casamento dos Trapalhões" e, possivelmente, "Willow - A terra da magia".
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