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Festival do Cinema Brasileiro de Brasília

Brasil, tortura e mulheres em duas visões de cineastas

Não é apenas um espaço cronológico (1964-1968-1972) que separa "1º de Abril - Brasil" (cine Ritz, 5 sessões) e "Que bom te ver viva" (em competição, dia 24, representando o Brasil no FestRio-Fortaleza; lançamento dia 7, cine Ritz), ambos realizados por mulheres e que abordam a ditadura militar. Cineastas estreantes no longa metragem, Maria Letícia ("1º de abril") e Lúcia Murat ("Que bom...") fazem apreciações diferentes de um período trágico da vida brasileira - no primeiro com uma tentativa de humor; o segundo com a sinceridade/seriedade mais pungente já colocada nas telas.

Dois documentários polêmicos mereceram prêmios

Cortado pela comissão de pré-seleção do XVII Festival do Cinema Brasileiro de Gramado em junho último, Alain Fresnot, filho de judeus-franceses, nascido em Paris mas residindo no Brasil desde 1950, teve sua revanche nas duas últimas semanas. No III Festival de Cinema de Natal, encerrado no dia 24, viu seu longa "Lua Nova" obter algumas premiações: Lima Duarte, melhor ator (dividido com "Corpo em Delito", de Nuno Cesar Abreu, que foi o grande vencedor em Natal); Pedro Farkas pela fotografia.

"Orí", a visão da raça negra

Ontem, em nossa página diária ("Tablóide") falamos sobre a importância de "Orí", documentário de Raquel Gerber, já premiado em 3 festivais - Ouagadougou, na África: Tróia, em Portugal e, no último sábado, em Curitiba (Prêmio Especial do Júri - I Festival do Cinema de Curitiba), que está em exibição no cine Groff.

Mesmo na pobreza, haverá 22º Festival de Brasília

Nos últimos 26 anos o Festival de Cinema Brasileiro de Brasília tem uma longa história de dificuldades em sua sobrevivência. Na época mais difícil da ditadura militar, a resistência democrática que representava aquele evento irritava setores do governo que, por alguns anos, chegaram a suspendê-lo. Nos últimos anos, dificuldades financeiras e, por último, em 1988, divergências entre a presidência da Fundação Cultural do Distrito Federal - ocupada pelo Maestro Marlos Nobre - com as pessoas que o organizavam, também levaram a ter edições praticamente improvisadas.

Dias de violência e tortura em documentários

Brasília Após duas diferentes visões da periferia do Rio de Janeiro - a intensa realidade capturada nas imagens contundentes de Octávio Bezerra em "Uma Avenida Chamada Brasil" - que abriu ontem à noite o Festival - para a diluição na linha humorística do besteriol glamorizado de "Lili, a Estrela do Crime" (programado na última hora, em substituição a "Barella", que não ficou concluído a tempo de concorrer), o momento de maior emoção política do Festival deve acontecer amanhã, quando será apresentado "Que bom te ver viva", de Lúcia Murat.

No campo de batalha

"Que bom te ver viva" já poderia ter sido visto em Curitiba. Lucia Murat se dispôs a trazê-lo para o encerramento do Festival do Cinema Brasileiro, organizado pelo colunista Alcy Ramalho Filho em setembro último. Infelizmente, por excesso de longas que ali competiram, faltou espaço para que o excelente documentário tivesse sua apresentação hor concours. xxx

Brasília, a Última Utopia, na visão de seis cineastas

Há dois anos, quando Reynaldo Jardim presidia a Fundação Cultural do Distrito Federal, o então governador José Aparecido - hoje ministro da Cultura - recebeu os participantes do XX Festival de Brasília para anunciar a decisão que havia tomado: financiar um filme, em episódios, isolados, que mostrassem aspectos diversos de Brasília através dos cineastas ali radicados.

Contra tudo, foi o melhor dos festivais de Brasília

Brasília No melhor dos festivais do cinema realizados nesta capital nestes últimos anos, no qual o pequeno orçamento (NCz$ 500 mil), reduzido número de convidados (apenas 80) e poucas estrelas presentes - Irene Ravache, atriz de "Que bom te ver viva", favorita ao Candango de melhor atriz, somente chegaria ontem à tarde (está em São Paulo, fazendo uma peça de teatro) não impediram excelentes resultados.
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