Gravadora que sempre teve uma atuante presença na música de Carnaval, a Continental, hoje, saudavelmente com uma nacionalista orientação, ofereceu há pouco um álbum indispensável sobre a história sonora da maior festa do povo brasileiro: os volumes 4 e 5 da sua série Histórica, onde em dois lps, o pesquisador J. L. Ferretti montou os grandes êxitos, no período de 1930/70, de intérpretes que pertenceram ao elenco daquela fábrica - assunto que já registramos, em dois comentários, nesta mesma coluna.

Ao lado [de] Rod Stewart e Elton John, Marc Bolan foi o cantor [inglês] mais popular nos [três] primeiros anos desta década. Nascido a 30 de setembro de 1947, aos 15 anos Marc já tentava uma carreira musical, e aos 19 criava o seu próprio conjunto: Suzy and the Hoola Hoops, mas que durou poucas semanas (Susy apareceria mais tarde com o nome de Helen Shapiro). Em setembro de 1962, Marc acompanhou um amigo a Paris e se encantou tanto com a cidade, que ali permaneceu cinco meses. De volta a Inglaterra, trabalhou em "La Discotheque", na Wardour Street, e [várias] outras boites.

Desde que a Big Banda do canecão - maior choparia do Brasil, na Guanabara - provocou a existência de um público interessado em potpourri de músicas de sucesso, em arranjos para metais e percussão, as gravadoras passaram a dar importância a produção de lps deste gênero com a banda não sendo mais identificada apenas como executante de musica marcial. Ao lado da banda do Canecão, com regulares lançamentos pela Phonogram, e a Veneno, do falecido Erlon Chaves, outras formações vão sendo testadas.

Com o rock anglo-americano dando mostras de prematuro cansaço e fadiga auditiva criativa, as esperanças dos curtidores do chamado som-pauleira voltam-se para novos centros de criação de música pop. Da Holanda surgiram vários grupos importantes, dos quais o (até agora) mais conhecido é o Focus.