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Nana Vasconcelos

Airto, o melhor também para os leitores de DB

Mesmo, sem gravar há quase dois anos – em 1980, rompeu seu contrato com a Warner, descontente com o tratamento que ali estava tendo – o percussionista Airto Guimorvan Moreira, 42 anos, catarinense de Itaiópolis – mas paranaense de formação – continuam a ser o percussionista de maior prestígio nos Estados Unidos.

Nana passou Guimorvan no jazz poll da "Down Beat"

Para variar, desta vez não deu Airto Moreira na cabeça! Habituado há quase 15 anos a liderar os jazz poll da Down Beat - a bíblia do "jazz, blues & beyond" (como está em sua capa), o nosso instrumentista de maior sucesso internacional na 39ª escolha anual dos críticos internacionais convidados pela revista fundada há 58 anos para opinar sobre os melhores da temporada passada, ficou agora em terceira posição pelos 85 experts de vários países.

Mais uma bela antologia com obras de Milton Nascimento

A abertura do mercado de CD está fazendo todas as gravadoras - e mesmo etiquetas menores - remexerem seus arquivos para produzir reedições das mais variadas. Quando dispõe de grandes nomes em seu acervo - mesmo que hoje estejam em outras fábricas - a tarefa fica facilitada. Em outros casos, acordos operacionais - pois os tycoons fonográficos sempre se entendem, possibilitam montagens especiais. É o caso agora de "Canção da América", álbum duplo com "O Melhor de Milton Nascimento", que a Polygram montou, com direção de Mayrton Bahia e um trabalho de compilação de Luiz Pereira (Lelé).

Caras (e vozes) novas do pop

Uma nova cantora da linha pop chega ao Brasil: Amy Grant. Ela tem uma carreira bem curiosa: só no início deste ano, nos EUA, explodiu com "Baby Baby", faixa de trabalho de seu mais novo disco ("Heart in Motion", A&M Records/Polygram), que representou uma virada de 370º pois começou bem menos elétrica: era a garotinha que cantava nos corais da igreja e colégio e todo dia encontrava tempo para "peruar" auditivamente no quarto das três irmãs mais velhas, loucas pelo som dos Beatles, Byrds e proibidíssimos The Doors (que com o filme de Oliver Stone voltam a ser curtidos).

Airto, como sempre, o melhor da América

A notícia já foi publicada por nós, nestes anos todos em que aqui estamos, várias vezes, mas sempre repetimos mudando apenas a data. Sempre com uma imensa satisfação: o catarina-curitibano Airto Guimorvan Moreira, mais uma vez, na cabeça do "Jazz Poll" da "Down Beat", a mais famosa revista de jazz do mundo. Tanto no julgamento da crítica como dos leitores (que, por se constituírem numa elite de bom gosto, sabem no que votam), o catarinense de Itaiópolis, infância passada em Guarapuava e juventude em Curitiba - desde 1967 morando nos Estados Unidos, continua a ser o melhor na percussão.

Nana, a percussão com um alcance sinfônico

Durante muitos anos, Egberto Gismonti dividiu suas apresentações no Exterior - e gravações na ECM como o percussionista pernambucano Nana Vasconcelos. Incrível bruxo sonoro, Nana se tornaria famoso no Exterior antes de obter um reconhecimento no Brasil - onde, há quase 20 anos, fez um notável elepê de percussão/vozes ("Amazonas", Polygram), hoje raridade.

"Ori", o vídeo cultural que deveria estar nas locadoras

Há alguns anos, quando o vídeo ainda engatinhava, Marcelo Marchioro, 38 anos - hoje o diretor de teatro mais respeitado do Paraná e em ascensão nacional - tentou criar junto a pioneira locadora de Luís Renato Ribas uma secção de vídeos de arte. O mercado ainda não estava regulamentado e saneado, haviam pouquíssimos títulos legendados e legais, mas a experiência teve um sentido altamente cultural: reunir filmes importantes sobre vários aspectos dentro do cinema.

"Orí", a visão da raça negra

Ontem, em nossa página diária ("Tablóide") falamos sobre a importância de "Orí", documentário de Raquel Gerber, já premiado em 3 festivais - Ouagadougou, na África: Tróia, em Portugal e, no último sábado, em Curitiba (Prêmio Especial do Júri - I Festival do Cinema de Curitiba), que está em exibição no cine Groff.

A percussão criativa

Pouco a pouco os percussionistas vão obtendo seu espaço. Há 25 anos, os executantes destes instrumentos que produzem o som mais enraizado da cultura musical brasileira eram obrigados a buscar os portões do Galeão para conseguirem uma carreira solo (Hirto Moreira, Naná Vasconcelos, Paulinho Costa, Dom Um Romão etc.), pois, aqui as chances eram mínimas. Criadores da voltagem do mineiro Djalma Corrêa são mais valorizados pelos superstars estrangeiros que por aqui passam do que pelas gravadoras, pois até hoje só fez um lp-solo, num projeto-testes da Polygram ("MPBC").

Notas

1) A excelente temporada para a música brasileira nos Estados Unidos, principalmente em Nova Iorque, terá além das duas apresentações dos músicos do Som da Gente, no último fim-de-semana, também o show de Antônio Carlos Jobim e Gal Costa no histórico Carnegie Hall, no dia 15. Só que enquanto a promoção do Som da Gente ganhou uma das mais bem organizadas coberturas na imprensa, inclusive anúncios no New York Times a divulgação do show de Tom e Gal, até a semana passada, estava fraca.
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