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Steven Spielberg

"Betty Blue", a melhor estréia

Apenas três estréias numa semana das mais fracas: "Betty Blue 37, 2 da Manhã", "Massacre na Serra Elétrica" e "Emanuelle 4 e sua Forma de Amar". Afora isto, apenas reprises e continuações e mesmo nas sessões extras do circuito alternativo nada de especial. A esperança é a próxima (dia 3) estréia de "Um Trem para as Estrelas", o novo filme de Cacá Diegues.

VideoNews

Já está nas bancas o nº 62 de "Vídeo News", a primeira e ainda a mais importante publicação especializada em vídeo e cinema do País. Rubens Ewald Filho, hoje o jornalista mais enfronhado ao vídeo - sobre o que foi o primeiro a escrever no Brasil (como, a partir de 1968, no "Jornal da Tarde", introduziu os textos informativos sobre "filmes de hoje na televisão"), faz dezenas de comentário sobre novos filmes lançados em fitas seladas.

Filmes de censura livre para as férias de julho

Aproximam-se as férias de julho e começam os lançamentos específicos para a garotada. Assim saem de cartaz os filmes violentos e proibidos e entram os de censura livre, já que é necessário oferecer às crianças opções. Nesta semana temos a estréia de "Os Trapalhões no Auto da Compadecida" (São João/ Lido I), "Uma Tremenda Confusão" (Astor), "Pânico em Kilimanjaro" (Plaza) e a segunda parte de "A Hora do Pesadelo/ A Vingança de Freddy" (Palace Itália) e a reprise de "Branca de Neve e os Sete Anões", comemorando os 50 anos da realização deste pioneiro desenho em longa-metragem.

"Louisiana", a estréia nas águas de "E o Vento Levou"

Três estréias e uma reprise tão especial que tem sabor de novidade acrescentam-se aos bons programas que continuam em exibição. Assim, a temporada cinematográfica continua apetitosa, com opções para todos os gostos. Uma superprodução franco-canadense ao estilo de "...E o Vento Levou" - o há muito aguardado "Louisiana" (cine Luz), um novo festival de violência em "Comando Delta" (cine Vitória), o inventivo "Por Incrível que Pareça", de Uberto Tolo (Lido II) e o retorno de "A Dama das Camélias" (cine Groff) - entre as novidades.

No sonho de fazer cinema a melhor estréia

Uma programação tranqüila, com apenas uma estréia importante - SONHO SEM FIM, o belo filme de Lauro Escorel, amanhã nos cines Lido I e Ritz. No mais, são as continuações e reprises, embora, substituições de última hora continuem a acontecer. Por exemplo, no Groff estava previsto o retorno de "O Encouraçado Potenkim", clássico de Sergei Eiseintein, mas, na última hora, o que voltou foi o emocionante e belo "A Mulher Ao Lado", de François Truffaut, com Fanny Ardat - que, nestas alturas já deve estar no Hotel Nacional, participando, mais uma vez do III FestRio.

O som orquestral, os blues e o punk em três boas trilhas

As trilhas sonoras chegam mais uma vez na praça. Desde filmes ainda inéditos - como "A Encruzilhada", com a guitarra triste de Ry Cooder (revelação no Brasil pela música de "Paris Texas") ao aperitivo, em mix, da trilha que o parananese Arrigo Barnabé fez para "Cidade Oculta", na qual também é ator. Para os que têm mais de 60 anos, uma raridade: canções das velhas operetas estreladas por Jeanette MacDonald e Nelson Eddy. Já Nana Mouskouri, com "Only Love", da trilha da minisérie "Quando Pinta o Amor", ganha destaque ao aparecer também na banda sonora de outra produção de televisão.

Erros da TV na transmissão

Em relação às edições anteriores, a festa desta 59ª entrega dos Oscars, na madrugada de segunda-feira, 30, foi inferior a muitas outras. A começar que a transmissão para o Brasil, pela Globo, podou o início de forma que a entrega de alguns prêmios - como o do roteiro adaptado (para "Uma Janela Para O Amor") e atriz coadjuvante (Dianne Wiest) não foi vista. No final, também foram cortadas as apresentações dos créditos, sendo impossível saber quem dirigiu a festa.

Sucesso de Fernandinha ajuda exibição das fitas nacionais

A excelente bilheteria de "Com Licença, Eu Vou a Luta!" (terceira semana, cines Lido 1/Ritz) é importante por várias razões. Em primeiro lugar por confirmar que para um bom produto existe público. Em segundo lugar mostra que o filme do jovem Lui Farias, baseado igualmente num texto de uma jovem (Eliane Maciel) e tratando das relações entre pais e adolescentes pode criar uma empatia com amplas faixas de espectadores.
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