Login do usuário

Aramis

Artigos por data (1979 - Junho)

Artigo em 01.06.1979

E Altou a força do improviso, do repente, da criação espontânea. Toda a criatividade que esse notável Sivuca esparrama em seus shows ficou cerceada pelo ambiente frio de um estúdio e esse seu LP lançado pela Copacabana não consegue captar toda a vibração que o instrumentista põe em seus trabalhos. Mesmo porque (com fim comercial?

A bênção, poeta!

Durante pelo menos 10 anos Vinícius de Moraes era uma espécie de Frank Sinatra nacional, em termos de sua presença em Curitiba. Diplomata, poeta, dramaturgo e, sobretudo, o grande letrista da Bossa Nova, Vinícius de Moraes permanecia curtido apenas em disco e livros nos anos 50/60, pois apesar de todos os convites e propostas nunca pode aceitar vir a Curitiba.

Cocaco, 20 anos depois...

Mais do que uma vernissage, entre tantas que semanalmente acontecem em Curitiba, a abertura da mostra "209 anos depois...". que um grupo de artistas plásticos organizou e praticamente financiou na galeria de arte Cocaco teve um sentido de (re)encontro de amizades, que fez com que não só nomes colunáveis, mas, o que é importante, pessoas que há muito não compareciam às exposições de artes plásticas - cada vez mais comercializadas, num mercantilísmo necessário de ser denunciado de ser denunciado - ali fossem, com pouco de emoção.

Didático Debret

A museóloga Neide Gomes de Oliveira, da Fundação Raymundo Ottoni de Castro Maya, do Rio de Janeiro, passou uma semana na cidade ajudando a Domínio e Leila Pedroso a montarem a exposição de 129 aquarelas de Jean Baptista Debret (1768-1848), que pela primeira vez, em tal número, deixaram Chácara do Céu, no Rio de Janeiro, e podem ser vistas numa exposição de sentido didático, como Domínio sabe organizar.

Vinícius & Toquinho, amor & esperança

No palco, em 90 minutos, 10 anos de Brasil. A síntese pode parecer pretensiosa, mas é extremamente emotiva e sincera. "10 anos de Toquinho & Vinícius" (auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, hoje e amanhã, 21 horas) é, antes de tudo, um retrato sonoro de uma década de encontro & desencontro, caminhos percorridos e, antes de tudo, sobretudo, amor, esperança e confiança no novo dia que vai nascer.

As gravuras de Sandra

Apesar do frio e da neve, Célia Lazarotto, mineira de Belo Horizonte, ex-diretora da Casa do Brasil em Paris, tradutora e, principalmente, a grande companheira do compadre Poty - o nosso artista plástico de maior renome nacional, está na cidade. O casal veio passar alguns dias, Poty, caladão como sempre mas rodeado de centenas de amigos que aqui tem 1 especialmente feliz com o reencontro com Franco Giglio, uma das pessoas com quem mais se identifica em seu trabalho.

No campo de batalha

Herberto Sales, autor de vários livros e pelo (") um clássico ("Cascalho"), que foi até qua-(") em 1957, nas "Edições Maravilhosa", da (") ex-presidente do Instituto Nacional do Livro, (") breve no Japão, no ano passado e, como jornalista escritor que sempre foi, reuniu suas anotações (") livro de 78 páginas, que a própria Embaixada (") Japão, em Brasília cuidou de editar e distribuir nacionalmente.

Cinematográficas...

Quando, finalmente, "Mar de (")", primeiro filme de ficção, longa-metragem, de Ana Carolina, chega ao circuito comercial de Curitiba (Cinema 1), do Rio de Janeiro a atriz e relações públicas (") Brasil, que esteve na cidade à alguns meses, promovendo a temporada da peça "Se Chovesse (") Se Molhavam Todos", (") anda contar que Ana já iniciou (") novo filme, "Das Tripas coração", "uma tragicómedia com o peso do cotidiano de um colégio de meninas e que ainda traz o momento tipo de humor que "Mar de Rosas" iniciou e que considero inédito no cinema brasileiro".

Violões

O violão, bandolim e mesmo banjo-instrumentos de múltiplos recursos - podem ser apreciados, num "pacote"- para utilizar um termo bastante em evidências - colocados no mercado, nas últimas semanas. Chorinho, samba, jazz, clássico e pop-desenvolvidos por instrumentistas da maior competência, nas mais diversas linhas.

Em todas as rotações

1 - Dois interessantes discos para quem curte o piano popular: "Pedrinho Mattar/Especial - Volume 2" (RGE, 1979) e "Meu Concerto para Você" com Aluizio Pontes (Chantecler): Mattar é um pianista correto, competente, que mesmo utilizando um esquema comercial - sem pretensões maiores - dos mais requisitados para atuar em boites e pianos-bares elegantes no eixo Rio-São Paulo, cujos fregueses já garantem o consumo de seus elepês.

O jornal dos garotos

Já registramos a iniciativa uma vez e, com satisfação, voltamos a fazê-lo: Paulo Astor Soethe, filho do jornalista Hermes Astor Soethe e neto do fundador da revista "Panorama", professor Adolfo Soethe, mostra que jornalismo também se herda: vem editando "A Esperança", que tem o subtitulo de "um jornalzinho feito por meninos para meninos".

O Saci de Milena

Se alguém tinha alguma dúvida dos talentos de Milena Morozowicz e Agnalda Trinkel Miranda na área da dança, as apresentações de "O Saci", baseado nos personagens criado por Monteiro Lobato, ocorridas no último fim-de-semana, no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, por certo, de agora em diante, só pode ter palavras de elogios.

A Esperança

Um dos maiores eventos de 1978 foi o II.º FOLPOC ( 2.º festival de música, poeta e folclore). As categorias foram divididas em: nível 1, nível 2 e folclore só para nível 1. Entre 33 concorrentes 11 saíram vencedores. Foram estes: POESIA: Nível 1: 1.º lugar - O homem e a vida morta, Claudia da Silva; 2.º lugar - O cego, Ricardo Ruoso, 3.º lugar - Vida, José Carlos Ludovico. Nível 2: 1.º lugar - A menina, Silvia Okamora; 2.º - A infância, Karine Hoffmann.

A Esperança

No começo era só água Depois um pouco de terra Depois plantas, árvores, Animais, pássaros e o homem Para começar a guerra. Era guerra ainda tão logo não acabou E pelo jeito tão logo não acabará Pois é o homem quem a comanda E só homem há de ficar. E este mundo tão bonito Onde havia flores e bichos É que o homem está destruindo Ficando indeterminado o seu destino. E as plantas, os peixes, os pássaros. O que fizeram? Nada. E tem que ficar sem o seu habitat. Para dar lugar ao homem Para o homem poder se abrigar

A Esperança

Não é pelo fato de nosso jornalzinho ser pequeno e feito por crianças que não poderá dar opiniões e sujestões aos adultos e especialmente aos políticos. Principalmente agora quando inicia o ano internacional da criança abrem-se oportunidades para que também nós possamos expressar opiniões e especialmente fazer reinvidicações às autoridades constituídas. Não queremos dizer que deixamos de acreditar nos homens que dirigem o nosso país. Muito pelo contrário: tivemos no presidente Geisel um exemplo de homem correto e abnegado ao dirigir a nossa. Nação.

A música no Sul

Enquanto as áreas musicais de nossas Universidades continuam ainda à espera de uma agilização, o Centro de Cultura Musical da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, presidida pelo irmão Ernesto Dewes, vem mantendo constantes atividades - tendo inclusive sido responsável pela manutenção do Projeto Espiral, em seu primeiro ano, naquela Capital.

Escola de Homens (para o ano 2000)

Durante toda a manhà de domingo, no centro esportivo da Praça Oswaldo Cruz, mais de 250 crianças - entre 6 e 9 anos tiveram uma bela experiência de vivência esportiva, atletismo e, principalmente integrando humana.

Nossos cartunistas

O editor Werner Zotz conseguiu não só provar as possibilidades de manter uma editora destinada exclusivamente a publicar autores regionais, como também colocar os seus lançamentos - Editora Beija Flor - em escada nacional. Hoje, os livros que tem editado regularmente - uma média de 2 novos títulos por mês, impressos na M. Cavalcanti Ltda. - já estão nos principais pontos de vendas do Brasil - aliás tão carente de livrarias. E a imprensa nacional vem dando um justo e merecido apoiamento ao trabalho de Zotz.

Bandinhas do Sul

Quando Percy Tamplim decidiu trocar sua carreira de professor de música no Colégio Estadual do Paraná e pianista pela corajosa tentativa de implantar um estúdio de som, em nível profissional, em Curitiba, há 4 anos, muitos o chamaram de visionário. Hoje não só praticamente já recuperou o investimento feito - mais de 4 milhões de cruzeiros - como tem ampliado suas equipes para poder atender não apenas a parte de gravações, mas de filmagens, setor ao qual também vem atendendo, por enquanto na área publicitária.

No campo de batalha

Ao ser levado por um amigo ao restaurante Schwartz Katz, após um show no Guaíra, o poeta Vinícius de Moraes teve mais uma prova de que seu nome ainda é capaz de emocionar mesmo os mais anônimos policiais. Como o veículo em que estava não estava com o farol lateral funcionando, uma viatura do DETRAN exigia que o motorista parasse. Fazia um frio polar e argumentou-se ao policial que já que se conduzia Vinícius e sua esposa, Gilda, ao restaurante, há poucas quadras, se não poderia seguir até o local e permitir que primeiro o poeta se instalasse no restaurante.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br