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João Gilberto

O jazz saboroso que Cuba exporta

Cuba não é apenas sinônimo do (melhor) charuto e socialismo tropical mas, sim, sonoramente, um ilha de grande riqueza como se prova através dos gêneros & talentos musicais que ali surgiram. Se a Nova Trova Cubana - com Sílvio Rodriguez e Pablo Milanez - explodiu na última década, graças à ponte cultural que Chico Buarque (e outros intelectuais do primeiro time) souberam construir - há também outros criadores notáveis da música cubana, sem folclorismos & concessões que começam a acontecer mundialmente.

A boa música instrumental com Borghettinho e Pepeu

Tentativas já houveram muitas. As que deram certo - como a do Som da Gente, através do Nosso Estúdio, que graças ao empenho (e idealismo) de Tereza Souza e Walter Santos, já tem um catálogo de meia centena de títulos da melhor música (instrumental) - parte lançada no Exterior (e que, em março, na Town Hall, Nova Iorque, teve sua apresentação oficial para o mercado americano). Hoje, música contemporânea instrumental tem um sinônimo no Brasil: o Som da Gente. Outras (bem intencionadas) propostas ficaram no meio do caminho, como a série NMCP que a Polygram tentou anos atrás.

O Som da Gente invade hoje a praia americana

Nova York - Hoje à noite, quando Hermeto Paschoal, 53 anos, alagoano de Arapiraca, abrir o Som da Gente - Is The Sound of Our People, por certo que na platéia do Town Hall - auditório conhecido internacionalmente, pelas centenas de discos ao vivo que ali já foram gravados com os maiores nomes do jazz - estarão muitos brasileiros.

E 27 anos depois, a BN volta ao Carnegie

A vodka é a mais recente musa inspiradora de Antônio Carlos Jobim. Há exatamente 11 dias, noite de 15 de março, no superlotado Carnegie Hall, em Nova Iorque, o mais importante compositor brasileiro - e considerado um dos cinco melhores contemporâneos - mostrou a sua mais nova composição: " Absolutilly [Absolutely]", letra em inglês, como todas suas obras, perfeita estruturalmente.

Do barquinho ao avião, uma história por especialistas

A Bossa Nova, pelo seu significado cultural, pela permanência que trouxe à MPB - rompendo tabus e dando bases a toda uma geração que nela soube beber as melhores influências - até hoje mereceu mínima bibliografia. Ramalho Neto, na época diretor artístico da RCA (hoje BMG/Ariola), foi o primeiro a tentar uma biografia do movimento chamado "Historinha do Desafinado" - obra há muito esgotada. Alguns outros pesquisadores e ensaístas voltaram-se bissextamente ao tema, mas sem um estudo de maior fôlego.

Ecletismo de Marisa compensa o marketing

Há quase dois anos, em matéria de página inteira na capa do Caderno B, do Jornal do Brasil, o título já antecipava: "Nasce uma estrela: Marisa Monte". A partir de então, numa das mais bem orquestradas campanhas de lançamento de uma artista, a imprensa nacional passava a dispensar à nova cantora um tratamento de superstar. Assim, de desconhecida de ontem passou a ser um nome famoso - isto sem sair de um restrito circuito carioca e sem gravar seu primeiro LP. O pigmaleão da operação é competente: Nelson Motta.

Genial, mas um João Gilberto no teclado

Pianista nas horas vagas, jornalista, promotor de eventos e, sem dúvida, um dos jornalistas mais bem preparados na área da música, João Marcos Coelho ("Visão", "O Estado de São Paulo"), pode melhor do que ninguém avaliar a importância dos lançamentos de música erudita que se fazem no Brasil. JMC é também o grande promotor de eventos culturais da importância do Festival de Inverno de Campos do Jordão e do Festival Vulcan, entre outras promoções que assessora.

Gil, deus da Mu dança num momento harmonioso

Aos 47 anos - a serem devidamente comemorados na terça-feira, 27 de junho, Gilberto (Passos) Gil (Moreira) começa a se livrar daquela síndrome de Peter Pan. Em sua inegável criatividade e ligação com o que há de novo no mundo musical, Gil, desde 1963 - quando fez sua primeira música ("Felicidade Vem Depois", 1963, um samba bossa-nova ao estilo de seu ídolo João Gilberto) sempre esteve antenado com o novo.

Miúcha e Francis num show que devolve a MPB ao Paiol

A responsabilidade sempre foi enorme. Irmã de um monstro sagrado da MPB - Chico, de família de intelectuais e músicos, mulher por muitos anos do "papa" (perdoem o lugar comum, mas não já jeito de evitá-lo) da Bossa Nova - João Gilberto, e mãe também de uma graciosa cantora - Bebel. Portanto, Miúcha é daquelas pessoas a quem, mais do qualquer outra, se cobra uma performance artística maior. Capaz de inibir mesmo a mais segura das pessoas.

Os belos sorrisos que Miuchinha sabe cantar

Por uma destas (boas) coincidências musicais, dois discos trazem as vozes das irmãs de Chico Buarque. Assim como CBH foi, antes de tudo, sempre, o compositor maior da resistência lírica-política nestes últimos 25 anos, suas irmãs nunca pretenderam a condição de vocalistas maiores. São moças que cantam bonito, afinadamente, dentro de uma linha de brasilidade, de raízes (Christina) ou, especialmente, num espaço maior, com fluídos da Bossa Nova pela própria convivência familiar com João Gilberto (Miúcha).
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