Artigos por data (1976 - Janeiro)
As eleições coritibanas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de janeiro de 1976
Muitos políticos estiveram presentes, terça-feira à noite, na sede do Coritiba F. C., nas eleições para o conselho Deliberativo. Além do deputado federal Cleverson Marinho Teixeira, naturalmente preocupado em apoiar o seu pai, o advogado José Alves Teixeira, que acabou sendo eleito o presidente do CD, passaram muitas horas no alto da Glória, os deputados Luís Alberto Oliveira, Enéas Faria, Maurício Fruet e Ivan Ruppel, que era candidato e acabou renunciando.
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O som que vende (muito)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de janeiro de 1976
Na edição de domingo, em suplemento especial, O ESTADO apresentará os melhores da música popular. O levantamento procurou ser o mais amplo e democrático, ouvindo-se observadores, pesquisadores e pessoas ligadas a programação musical, de várias tend6encias. Assim, a lista final representa o consenso das opiniões - e não a visão individual, embora as indicações de cada um também mereçam divulgação.
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Adeus, Comandulli
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de janeiro de 1976
1975 terminou com a morte de mais um bom amigo e companheiro de jornal: Clemente Comandulli. O ano foi trágico para a imprensa levando bons ainda amigos, como Walcimar José de Souza, Juam Arduíno e Antonio Luiz Vieira, o nosso "Barriga", todos mortos de forma violenta, deixando menor o nosso mundo.
Os necrológicos já falaram das múltiplas razões porque a morte de Comandulli foi sentida por todos. Só teria a acrescentar: era um ótimo profissional, bom amigo e tinha aquela qualidade tão necessária para enfrentar a selva nossa de cada dia: o bom humor.
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Ana & Brigitte
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de janeiro de 1976
Mais um lançamento de categoria da CBS, para o público que aprecia a (boa) música erudita: "Campra / Cantares Franceses de Arion e Didon / Leclair", na interpretação da soprano Ana Maria Miranda e do trio Brigitte Haudebourg (Odyssey, 111.114, novembro / 75). O grupo Brigitte Haudebourg, é formado além da cravista Brigitte, por Jaques Le Trocquer na flauta, Guy Besnard no violoncelo e Jean Pierre Sabouret, no violino.
As boas edições
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de janeiro de 1976
Embora visitando a feira mundial de editores, em Frankfurt, há alguns meses, com modéstia brasileira, os editores Faisal e Faruk El Khabit, acabaram fazendo bons negócios. Evidentemente, que não competiram com os grandes editores, na compra dos direitos de best-sellers mas, com a argúcia árabe e muito senso prático acabaram fazendo seus contratos... sem riscos.
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Ponha um Jardim em sua janela
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de janeiro de 1976
Um curitibano que acaba de retornar da Holanda vai encaminhar ao prefeito Saul Raiz, com a esperança de que ele aceite a sugestão, uma interessante idéia, com base no que observou na Holanda.
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As melhores produções de 1975
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de janeiro de 1976
Aramis Millarch
32 anos, jornalista, editor do "Jornal da Música Popular" de O ESTADO, redator da coluna de música popular no semanário "Voz do Paraná" e revista "Quatro Estações", produtor do programa "domingo Sem Futebol" (Rádio Ouro Verde) e presidente da ASSOCIAÇÃO DOS PESQUISADORES DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA.
AS 10 MELHORES MÚSICAS NACIONAIS
1. Rancho em Branco e Preto (Carlos Lyra / Ronaldo Boscoli);
2. Vida (Paulinho da Viola / Elton Medeiros);
3. Lígia (Antonio Carlos Jobim);
4. Que Sejas Bem Feliz (Cartola;
5. Massa Falida (Fernando / Jesus Rocha);
Frankestein bem humorado
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de janeiro de 1976
44 anos após James Whale (1896-1957) ter levado a tela, pela primeira vez, o romance que Mary Wollstonecraft Shelley (1797-1851) esposa do poeta inglês Percy Busshe Shelley (1792-1882) escreveu em 1818, mais com a intenção de ganhar uma aposta do que oferecer um clássico da literatura de terror, um americano, filho de judeus, consegue revitalizar o tema e oferecer um dos mais bem humorados filmes da temporada: "O Jovem Frankestein" (cine São João, 5 sessões).
A noite do cabrito
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 07 de janeiro de 1976
Há 40 anos, quando Curitiba era uma pacata cidade de menos de 100 mil habitantes, com pelo menos 30% das famílias mantendo uma vida associativa mais íntima e tranqüila, havia um costume bastante simpático, embora um pouco brincalhão, nas vésperas do Ano Novo: "tomava-se emprestado" nas pequenas chácaras que existiam às centenas dentro do perímetro urbano, galinhas, leitões, cabritos, carneiros ou mesmo bezerros que, devidamente preparados, eram servidos no almoço ou jantar do dia 1o do ano novo, tendo como convidado de honra a família proprietária da matéria-prima que, ingenuamente, só perc
De livros & autores
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 07 de janeiro de 1976
Apesar de todo o esforço de Fernando Velloso, diretor do Museu de Arte Contemporânea, o livro "A Caricatura e o Paraná", do professor Newton Carneiro, não ficou pronto a tempo de ser lançado em 1975. Agora, a Grafipar está imprimindo as últimas páginas deste importante estudo de Carneiro sobre os pioneiros da caricatura paranaense - levantando inclusive a legítima tese de que foi um parnanguara, o autor da primeira charge no brasil - assunto que, já exaustivamente divulgamos nesta coluna.
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Os portugueses estão chegando... (com muitos dólares e projetos)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 07 de janeiro de 1976
Apesar do faraônico projeto de transformar Pontal do Sul num centro internacional de turismo, com investimentos de poderosos grupos econômicos portugueses na ordem de US/100 milhões, estar em compasso de espera - os lusitanos continuam interessados em aplicar no Paraná fortunas que conseguiram retirar de Portugal e das ex-províncias ultramarinas.
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Sonatas de Leclair
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 07 de janeiro de 1976
Em um único suplemento (outubro/novembro), a CBS colocou ao alcance do público brasileiro, uma série de volumes da coleção dirigida na França por Ariane Segal, com excelentes solistas e revelando peças de compositores pouco divulgados no Brasil. Por exemplo, com os violinistas Claire Bernard e Annie Jodry, temos na série "Obras-Primas Reencontradas", sonatas de Jean-Marie Leclair (1697-1764).
Teatro nos presídios
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de janeiro de 1976
Preocupado em que os presidiários encontrem pontos de interesse cultural, numa valorização humana e posterior reintegração comunitária, o secretário Túlio Vargas, da Justiça, que desenvolver durante este ano, um amplo programa de atividades artísticas, junto às penitenciárias do Estado.
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Os contos de Lagoano
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de janeiro de 1976
Ivens Lagoano Pacheco, 64 anos, 25 de Paraná, em fase de livro: terminou no dia 30 de dezembro, após 5 anos de pesquisa, a história da Secretaria da Justiça, num relato completo das várias fases dessa pasta, em mais de um século. E começou 1976, revisando os 36 contos que deverão sair pela Editora Formigueiro, de seu amigo Vasco José Taborda.
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E o Parque Histórico?
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de janeiro de 1976
Faltam 81 dias para o 283o aniversário de Curitiba. Há 4 anos, no dia 29 de março de 1972, o então prefeito Jaime Lerner, assinou o decreto criando o Parque Histórico da Cidade, no Atuba, no lugar exato em que ouve a primeira fixação da Vila de Curitiba.
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Venha tomar um café conosco!
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de janeiro de 1976
Gostosos bolos típicos, saborosas geléias, café, chá e chocolate preparados com maestria - eis o cardápio do mais novo e original estabelecimento da cidade, inaugurado nesta semana: o Café Colonial, na Praça Garibaldi, número 30.
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No bucólico ambiente do Setor Histórico, ao lado da Livraria Braun, e defronte o relógio das Flores, duas simpáticas senhoras alemãs instalaram numa velha residência, de propriedade do padre Antonio de Jesus Fontoura, um café que, das 15 às 20 horas, oferece lanches, ao estilo dos tranqüilos estabelecimentos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Recital de Guido, o cônsul
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de janeiro de 1976
Dentro de algumas semanas, um recital de música de câmara, numa das salas da cidade, vai atrair inusitadas atrações. É que o violonista será o simpático cônsul Guido Borgomanero, da Itália, há alguns meses em Curitiba, depois de servir, por vários anos na Embaixada em Sofia, na Bulgária.
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O dia do Gafanhoto
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de janeiro de 1976
Se o sucesso de um filme sucede, na maioria das vezes, o êxito de um "best seller", geralmente de valor discutível, também há casos ao inverso: "The Day of the Locust", de John Schelessinger, que foi o grande impacto cinematográfico do último festival de Cannes, provocou praticamente a redescoberta de um extraordinário ator norte0americano, até então praticamente ignorado no Brasil.
A Bicholândia de André
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 09 de janeiro de 1976
Enquanto onerosos projetos de "criatividade" são discutidos em centros municipais, sem resultados objetivos e práticos, espontaneamente há exemplos de real investividade por parte das crianças. André Perim, filho do casal Arnaldo Perim, é um menino magrinho, esperto, nascido (há 10 anos) e criado no Rio de Janeiro. Mas sua mãe, Maria de Luz Loureiro Fernandes, e seus avós maternos, o casal Adhayr Cardoso / João Loureiro Fernandes, são paranaenses. O que faz com que algumas pessoas aqui em Curitiba, tenham em mãos um livro sui-generis.
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Pontal ou copacabana? (o preço é o mesmo)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 09 de janeiro de 1976
O pintor Fernando Velloso, diretor do Museu de Arte Contemporânea, esteve em Pontal do Sul, por um dia e voltou com a sensação de que havia estado no Hotel Nacional ou no Copacabana Palace, no rio de Janeiro.
Ao menos, em termos de custos das diárias.
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Fernando Velloso, sua esposa, a pintora Suzana e um filho, passaram apenas 24 horas no mais antigo hotel daquela praia.
Embora confortável o hotel deixa muito a desejar. Na hora de pagar a conta, o pintor teve a sensação de que havia engano: Cr$ 600,00.
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