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Aramis

Artigos por data (1987 - Novembro)

No Campo de Batalha

Felizmente o Paraná tem uma efervescente geração de talentos e esforçados cineastas, dignos, honestos e que trabalham seriamente. Paulo J. Friebe, ator de quase todos os filmes experimentais da Turma do Balão Mágico, na noite de quarta-feira, 29, reuniu o elenco de "Ah! Essa é Boa", para mostrar o copião desta comédia de 15 minutos xxx

Joni e Marianne, os bons retornos vocais

Não é apenas no Brasil que o canto é das mulheres. Internacionalmente, neste final de 87, um punhado de cantoras jovens, elétricas e bonitas dão o seu recado e chegam às lojas, quase simultaneamente ao aparecimento de seus discos nos EUA. Por exemplo, o novo filme de Madona ("Who's That Girl"?), ainda não tem data de estréia entre nós mas a WEA já lançou sua incrementada trilha sonora. Pela CBS, temos o timbre metálico de Regina Bello ("All By Myself"), uma cantora que lembra Aretha Franklin e Chaka Khan. Estréia num álbum que passa pelo funk, balada-show e o Rhythn's Blues.

Hoje é dia de rock

O filão é tão rico que nunca custa garimpar. Assim a Continental também investe numa cantora infantil - a sorridente Tatiana ("Isso é coisa de criança!"), com um repertório que já diz tudo pelos ingênuos títulos das musiquinhas selecionadas - "Briga Brega", "Gordonoivinha", "Meu vizinho nervosinho" etc. Enfim, na rota da Xuxa e seus (quase) 3 milhões de cópias vendidas, vale tudo ... xxx

Pires une-se a Lattes na 'Última Loucura' nuclear

Tão logo consiga uma sala de exposição disponível, em Goiânia, o cineasta Roberto Pires quer relançar naquela capital o filme "Abrigo Nuclear". - Não é por nada, mas acho que está na hora do público assistir este meu filme tão desconhecido que até parece inédito. Jantando no Fritz, em Brasília, em companhia dos jornalistas Wilson Cunha e Helena Salem, Roberto Pires, um baiano extrovertido, pioneiro do ciclo que marcou a cinematografia baiana no final dos anos 50, fala com entusiasmo de seus projetos sobre um filme no qual voltará a abordar os riscos da energia nuclear:

Dolceacqua lembrou-se do cinquentenário de Franco

Há pessoas que não morrem. Ficam encantadas, como disse, com tanta felicidade, Guimarães Rosa. Franco Giglio é uma dessas pessoas iluminadas pelo talento que o fez um grande artista. Em suas obras - dos menores óleos e desenhos aos grandes murais que se espalham pela nossa cidade - estará sempre aquele italiano bonachão, simpático, excelente amigo que num frio setembro, há 28 anos, vindo de São Paulo com destino a Porto Alegre, parou por uma noite em Curitiba, encontrou alguns artistas, tomou um honesto pileque e aqui acabou ficando por quase duas décadas.

As gravuras de Tomie, a grande dama da arte

Waldir Simões de Assis com o seu mais dentifrício sorriso, por dupla razão: Flavia, sua bela esposa, deu a luz um casal de gêmeos, e, ao mesmo tempo, a próxima individual de sua galeria será com obras de uma das mais valorizadas artistas brasileiras - a nipo-brasileira Tomie Ohtake.

No Campo de Batalha

Perdeu quem não foi: a apresentação do grupo Coisas Nossas, no SESC da Esquina, na última quinta-feira, foi uma belíssima homenagem ao cinqüentenário de nascimento de Noel Rosa (1910-1937), efeméride que praticamente só foi lembrado pelo SESC. Através do projeto "Brasileirinho", coordenado por Eri Galvão, o grupo liderado pelos irmãos Henrique e Beto Cazés, que se dedica exclusivamente a divulgar a obra do Poeta da Vila vem fazendo apresentações em todas as capitais, desde julho último. xxx

Ficção e documentário estréiam nesta semana

Enquanto dois excelentes filmes continuam em cartaz neste início de semana, "Ramble Fish", de Francis Ford Coppola, no Cine Lido 2 e "Os Intocáveis", de William A Elliot, no Cine Condor, a partir de quinta-feira dois bons filmes nacionais, com a mais recomendada crítica chegam a Curitiba.

Em resposta ao Sr. Back

"A verdade é concreta" (Wilhelm Friedrich Hegel, l770-1831) Em texto publicado na página 8 do suplemento "Almanaque", do jornal O ESTADO DO PARANÁ, em 22 de outubro de 1987, o Sr. Sylvio Carlos Back, a propósito da nota oficial da Comissão Organizadora da I Mostra do Cinema Latino Americano do Paraná, fez uma série de afirmações em ataque à minha pessoa, atribuindo-me o patrocínio de supostas injustiças de que teria sido vítima naquela Mostra. Diante disto, a bem da verdade, vejo-me compelido a prestar os seguintes esclarecimentos:

Cinema checo, com menos vigor vinte anos depois

Há 20 anos um ítalo-paulista, Mário Civelli, acertou na loteria esportiva cinematográfica ao trazer para o Brasil um lote de filmes da Checoslováquia. Até então os brasileiros nunca tinham assistido em circuitos comerciais filmes daquela república popular e, de repente, aqui chegavam obras deslumbrantes como "Um Dia, Um Gato" (Az pridje kocour, 1963), de Vojtech Jasny, espécie de conto-de-fadas fantástico sobre um gato que conferia as personagens a cor de seu verdadeiro caráter.

Os brasileiros que fazem o som latino

Romario Borelli, 44 anos, sociólogo, professor e dramaturgo - autor de "O Contestado", peça que teve uma bela montagem pelo TCP há 7 anos, está residindo em Curitiba há alguns meses. Inicialmente assessorou a presidência da Fundação Cultural mas agora já está em outras atividades. Um dos projetos que o fascina, como intelectual preocupado com a integração cultural latino-americana, é o bonito trabalho que o grupo D'América vem realizando há cinco anos em Curitiba.

No Campo de Batalha

A Nordica está lançando "Rumo ao Ano 2.000", que não poderia ser mais atual. O ex-ministro Mário Simonsen em seu texto afirma que o controle da natalidade deve ser feito não através de esterilização forçada mas de uma "simples análise de custo-benefício de ter filhos". É um assunto polêmico que divide opiniões. O assunto foi tratado em três subcomissões temáticas na Constituinte. xxx

Traditional a velha guarda do melhor jazz

San Francisco, Califórnia. Julho de 1967. Local: "Dixieland", um dos mais incrementados clubes de jazz da velha Frisco. Numa mesa, um grupo de jornalistas brasileiros em visita aos Estados Unidos aplaude um excelente grupo de jazz tradicional. Um deles, Mussa José Assis - então em sua primeira viagem aos EUA - preenche um papel oferecido aos clientes para que peçam sua música favorita. Mussa escreve: - Battle Hymn of Republic. A banda ignora o pedido. Outro jornalista da roda, também apaixonado por jazz, Enio Malheiros, insiste: - Battle Hymn of Republic.

Os melhores momentos dos bons que já desapareceram

Assistir a um grupo como o Traditional Band é como uma espécie de introdução ao mundo fascinante do jazz. Privilégio de uma minoria de iniciados nos segredos da música instrumental americana até há alguns anos, o jazz se democratizou felizmente! E o interesse é crescente, haja visto que em menos de seis meses o Blue Note Jazz Clube, fundado pelo engenheiro Guy Manoel a frente de um grupo de jazzmaníacos, se consolidou atingindo já sua lotação completa (hoje a noite, aliás, acontece uma reunião especial, com canja da rapaziada do TJB).

Marlene tem que voltar

As negociações já foram iniciadas. Francisco Alves dos Santos, coordenador das atividades de cinema da Fundação Cultural já levou a diretora do Instituto Goethe, professora Heidrun Bruckner a reivindicação óbvia: é injusto que um documentário da dimensão de "Marlene", que na quarta-feira da semana passada encerrou uma nova mostra do cinema alemão realizada na Cinemateca, fique restrita aos 35 espectadores que ali estiveram naquela noite.

Juarez, agora a mostra na França

Juarez Machado não pára. Há mais de um ano em Paris, o artista catarinense (mas curitibano de adoção) nem bem retornou de sua visita de 45 dias ao Brasil, mergulhou na produção de novos trabalhos, que estará expondo a partir do dia 12 de novembro na Galeria Debret (28, rue La Boétie - 75008 Paris). São 35 quadros grandes, ainda dentro da temática das mulheres em ambientes requintados, que marcou sua recente individual na galeria Waldir Simões, em Curitiba - vendida inteiramente e que teve repercussão nacional, inclusive reportagem a cores na revista "Veja". xxx

Uma superprodução para show da Rita

De um trabalho modesto como empresário local, fornecendo orquestras e atrações classe "b" para clubes da periferia, o cearense Avelar Amorim conseguiu estruturar-se como um empresário forte no circuito de superstars. Assim é que tem bancado grandes excursões de cantores (as) de primeira grandeza, inclusive Roberto Carlos com todas suas exigências. Para a temporada 87/88 de Rita Lee/Roberto Carvalho, Avelar foi o escolhido para cobrir vários shows - inclusive o que se realiza hoje a noite em Curitiba (ginásio de Esportes do Tarumã, 21 horas). xxx

Uma revista sobre a Imprensa

A realização de uma exposição de livros e revistas sobre comunicação paralela a Iª Feira de Comunicação (SESC Paraná, rua Visconde do Rio Branco, 969, 16 a 27 de novembro) será uma excelente oportunidade de se avaliar o que existe publicado nesta área. Afinal, em relação aos demais setores profissionais, os homens da comunicação parecem não se preocuparem muito em ampliar a bibliografia, embora, nos últimos anos, muitos títulos tenham surgido - em especial na área de manuais e textos teóricos.

Expedito, o homem do PCB, retorna da URSS

Normalmente uma pessoa bem humorada, sorriso franco e sempre de bem com a vida, Expedito da Rocha, o mais conhecido e simpático dos líderes comunistas no Paraná tem estado ainda mais feliz. Voltou há poucas semanas de uma longa viagem a União das Repúblicas Socialistas e, ao lado do sentido ideológico, orgulha-se de ter deixado sua contribuição artística em alguns museus russos. Explica:

No Campo de Batalha

Estela Sandrini, uma das mais originais artistas plásticas paranaenses, lança hoje o álbum "Pequenas Imagens Grandes", reunindo gravuras originais. A edição é da Imagem 3 (Rua Augusto Stresser, 1995), cujas proprietárias, Marcia Arruda e Jussara Age, apresentam-se como "agenciadoras de artistas gráficos paranaenses". xxx
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