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Aramis

Artigos por data (1988)

A Bossa continua Nova (ao menos na América)

"Desfrutávamos daquela força, luminosa como uma pedra de césio, com espantosa naturalidade. Aquilo era nosso, como os desenhos animados são das crianças. A Bossa Nova era o nosso desenho animado. Como ele, harmoniosa e mágica. Criativa e ágil. Colorida e diminutiva. Íntima". (Ronaldo Bôscoli)

Eldorado do new rock (com batida inglesa)

Voltada inicialmente apenas a um catálogo cultural, com ênfase nos projetos de pesquisa, o Estúdio Eldorado acabou modificando seu marketing.

Geléia Geral

Inquieto, criativo, Evandro Mesquita foi o líder do grupo Blitz, que no início dos anos 80 decolou com força total. Vinha de outra proposta unindo a vanguarda ao deboche (Asdrubal Trouxe o Trombone) e com a fase do Blitz acabando, Evandro conseguiu fazer vôos solos.

Erasmo Pilotto, o educador

Numa de suas bibliotecas, uma sala extensa e agradável, na casa branca da Rua Angelo Sampaio, na qual mora há quase 50 anos, os livros de filosofia, teatro grego, literatura convivem com centenas de textos sobre ensino e pedagogia. De um lado, paisagens de Curitiba, assinadas por Viaro e Bakum, dois entre seus maiores amigos das artes plásticas. Numa das prateleiras, sobre os livros, um poster com a letra de "Imagine", sobre um desenho, a traço de John Lennon. Imagine não há céu É fácil, basta tentar Nenhum Inferno embaixo de nós Em cima só firmamento

No campo de batalha

Promoções na Polícia Militar que não tiveram até agora o devido registro. O major Carlos Roberto Cidade é agora tenente-coronel. Já aos postos de major foram promovidos, por merecimento, os capitães Sérgio Tippa, Lázaro Antonio Elízio e Estephano Jakiemiv. Ao posto de capitão ascenderam os primeiro-tenentes João Carlos Pinker e Olavo Loyola Buczenko. E os segundo-tenentes Manoel Eugênio da Rocha e Ivo Frutuoso Ribeiro ganharam mais uma estrela. xxx

Pole chega também ao cinema

A Pole Vídeo entendeu o óbvio: se compra os direitos de uma produção para a tela reduzida, porque não ampliar o negócio também para o lançamento nos cinemas! Assim, a Pole Cinema começa a funcionar neste mês tendo, de princípio um pacote com 13 filmes - que chegarão as telas e, simultaneamente, em vídeo. xxx No pacote há filmes de arte, premiados internacionalmente, fitas comerciais e algumas incógnitas - já que há que se fazer uma geléia geral para várias faixas do público. xxx

O importante concerto com a boa orquestra. A de Blumenau

Poucas orquestras conseguiram se firmar tão rapidamente como a de Câmara de Blumenau. Fundada há menos de 7 anos graças ao idealismo de um grupo de pessoas e a feliz escolha de Norton Morozowicz para a sua direção artística/regência possibilitou que esta orquestra seja hoje das mais respeitadas do País.

O Imperador levou todos os Oscars a que tinha direito

Foi não só uma lavada, uma barbada, para a próxima edição do "The Guinness Book of Film Facts & Feats" de Patrick Robertson. "O Último Imperador" levou, fácil, os nove Oscars nas nove indicações que havia obtido em 17 de fevereiro, quando a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou as nominations.

O que não veremos no Brasil

Os filmes que conseguem indicações as categorias principais já estão no Brasil - ou logo estarão sendo lançados. É verdade que algumas distribuidoras, como a Alvorada (ex-Gaumont) bobeiam e perdem uma excelente promoção. Por exemplo, "Ironweed", do porteño-paulista Hector Babenco - e que valeu a Jack Nicholson e Merryl Streep concorrerem como intérpretes - já deveria estar lançado, mas ainda não há previsão de estréia.

Os premiados

FILME: O ÚLTIMO IMPERADOR (The Last Imperator) DIRETOR: BERNARDO BERTOLUCCI ("O Último Imperador") ATOR: MICHAEL DOUGLAS ("Wall Street") ATRIZ: CHER ("Feitiço da Lua") ATOR COADJUVANTE: SEAN CONNERY ("Os Intocáveis") ATRIZ COADJUVANTE: OLYMPIA DUKAKIS ("Feitiço da Lua") FOTOGRAFIA: VITTORIO STORARO ("O Último Imperador") DIREÇÃO DE ARTE/CENOGRAFIA: Ferdinando Scarfiotti e Bruno Cesari ("O Último Imperador") SOM: BILL RONE/IVAN SHARROCK ("O Último Imperador") FIGURINOS: JAMES ACHELSEN ("O Último Imperador")

O tempo não leva as coincidências

Quem se liga a cabala até pode fazer suas interpretações. Há 49 anos, em sua 12ª edição, a festa do Oscar contemplava "E o Vento Levou" com 8 Oscars - e mais um nono, especial - o troféu Irving G. Thalberg - ao produtor David O. Selzenick (1902-1965). Vinte anos depois, "Ben Hur", indicado em doze categorias, levava 11 troféus - um record ainda imbatível.

Faltou melhor sabor no bolo dos 60 anos do titio Oscar

As aventuras da Enterprise em seu segundo longa-metragem na série cinematográfica da "Jornada nas Estrelas" - na tela quente para tentar roubar a audiência do Veja o Gordo fez com que a transmissão da 60ª festa de entrega dos Oscars não acontecesse ao vivo - mas sim pré-gravada e já com alguns cortes.

Ganhou o melhor, mas...

Mereceu, não resta a menor dúvida. Vigoroso, belo, sincero e, sobretudo, político, "O Último Imperador" era, em termos de consistência, o filme mais importante dos cinco principais candidatos ao Oscar.

Filmagens familiares para "Flora's Story"

Quando terminou a apresentação de Airto e Flora, às 23h05min do último sábado, dona Zelinda Moreira, 76 anos, amparada em sua filha, Odene, e no genro, Arlindo Godoy, dirigiu-se até o camarim do auditório Bento Munhoz da Rocha Neto. Ali, abraçada ao filho e à nora, as lágrimas de emoção, que havia procurado conter durante todo o espetáculo, sentada na poltrona Q-32, da platéia central, afloraram no rosto.

Emoções nos cantos e sons de Airto e Flora

A própria Flora não conteve a emoção. No sábado, 9, na metade do show no Teatro Guaíra, quando ia cantar "Good Morning Heartache" (Ervin Drake/Irene Higginbotham - Dan Fisher), clássico que Billie Holiday (1915-1959) imortalizou, sua filha, Diana, 16 anos, pela primeira vez, subiu num palco e ao seu lado, cantou a segunda parte. Uma voz segura, maravilhosamente afinada, trazendo uma emoção profunda não só na platéia mas entre os próprios músicos que a acompanhavam.

No campo de batalha

Uma das preocupações do secretário René Dotti, da Cultura, ao reestruturar a organização do Festival de Música de Londrina (3 a 23 de julho), para sua oitava edição, foi valorizar as pessoas capazes de fazer esta oitava edição ter uma grande dimensão. Assim, em sua comissão organizadora, estão cinco nomes de Londrina, ligadas naturalmente à música inclusive o presidente. xxx

"Criação Monstruosa", o terror explícito

A temporada é do Oscar. Naturalmente que as filas voltaram a acontecer nos cinemas que exibem filmes como "O Último Imperador" (Bristol) e "Feitiço da Lua" (Condor), que na segunda-feira, 11, levaram 12 bonecos. Mas mesmo os que não tiveram nenhuma premiação - como "O Império do Sol", de Spielberg, ou o filme-canalha do ano "Atração Fatal" continuam atraindo grande público.

A ampla discussão para o concurso das bancas

A polêmica está no ar: até que ponto se justifica a decisão da Prefeitura em promover um concurso para escolha de um novo modelo de bancas-de-revista, quando o autor das mesmas, arquiteto Abrão Assad se dispõe a efetuar as alterações necessárias, dentro do respeito profissional que mereceria? O agravante é que a secção do Paraná do Instituto dos Arquitetos do Brasil decidiu avalizar este concurso, o que, pode até ser interpretado contra o artigo 1º de seus Estatutos ("congregar os arquitetos do Estado do Paraná, para a defesa e prestígio da classe e da profissão").

No campo de batalha

No domingo, 10, o sr. Lotario Burguell, pretendia registrar em sua Panasonic VHS, moderníssima, o início do concerto da Sinfônica do Paraná. Afinal, a peça a ser executada - "Uma Sombra Passou por Aqui", de Hilton Barcelos, tem arranjo de seu filho, Roberto, 27 anos, que estuda em Freyburgo, RFA. O sr. Burguell pretendia enviar o vídeo e a rodagem seria silenciosa, sem iluminação - nada, enfim, que pudesse atrapalhar a orquestra. Entretanto, a Osinpa impediu a gravação, sendo que, aos berros, alguns de seus músicos - além de integrantes do coral -, reafirmavam que "nada seria gravado".

"Romance", de Bianchi, em estréia nacional no Ritz

Sérgio Bianchi, paranaense de Ponta Grossa, é uma pessoa afetiva e apaixonada. Assim é que fez questão de que seu segundo longa-metragem, "Romance", tivesse praticamente seu lançamento nacional em Curitiba (cine Ritz, desde ontem), cidade em que residiu por mais de 15 anos. Afinal, seu longa anterior, "Maldita Coincidência", foi que inaugurou o cine Groff há alguns anos - e só depois foi visto em São Paulo, ganhando o reconhecimento dentro da linha que o crítico Jairo Ferreira chama de "Cinema de Invenção".
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