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A volta dos Incríveis

Apesar dos trajes esportivos e dos sorrisos no olhar sente-se que todos envelheceram. Netinho, o mais famoso do grupo – ex-namorado da italiana Rita Pavone, com um elepe—solo gravado, tem até uma ameaça de [calvície] em escalada. Nenê (baixo/vocal), Manito (sax/teclados), Mingo (guitarra/vocal) e Risosonho (guitarrra solo, violão) estão com os cabelos ainda bem pretos, mas é claro que não são os mesmos garotões de 15 anos [passados] – quando fizeram suas primeiras gravações.

Gaúchos fazem filmes de valor e levaram prêmios de Brasília

Se compromissos oficiais não tivessem obrigado o escritor e poeta Carlos José Appel a retornar na segunda-feira a Porto Alegre - com escala no Rio de Janeiro, por certo que o Secretário da Cultura do Rio Grande do Sul estaria tão feliz como os cineastas de seu Estado que, no XXIII Festival do Cinema Brasileiro de Brasília, viram reconhecidos seus filmes.

As revelações de um mestre da pesquisa

A leitura de "História Social da Música Popular Brasileira", de José Ramos Tinhorão, é indispensável para quem pretenda ter uma visão maior da evolução de nossa música. Concorde-se ou não com os pontos de vista do autor, a seriedade de seu trabalho e a riqueza de informações envolvem o leitor reflexionar sobre aspectos até então passados desapercebidos. Embora basicamente seja um ensaio, o livro é agradável, objetivo e tem várias revelações - muitas das quais, modestamente, Tinhorão reserva para as 48 páginas finais.

Mathias, o jornalista que derrubou o Brasil

Quem diria! Howard Hughes (1905-1976), o lendário produtor cinematográfico, construtor de aviões, pousou no aeroporto do Bacacheri, há mais de 50 anos, para reabastecer o seu Lowheed com o qual bateu o recorde de volta ao mundo, até então, percorrendo o planeta em apenas 3 dias, 19 horas e 12 minutos. Na mesma época, por um pane no avião que os conduzia em direção a Buenos Aires, o ator Henry Fonda (1905-1982), o cantor Pedro Vargas e a cantora Bidu Sayão, passaram um noite no Grande Hotel Moderno.

Lima, bicho de Palmas, canta pelo mundo afora

A primeira impressão é de que se trata de um artista gaúcho, da região missioneira: lenço na cabeça, olhar bravio de um índio dos pampas. A imagem soma-se ao estilo das canções que falam dos grandes temas dos autores nativistas: a prenda que trocou o guapo amor iludida pelo conquistador da cidade, a paixão que permanece ("Passarela da Vida") ou a comunicabilidade irônica no estilo vanerão ("A Turma do Chera Chera").

Uma tese sobre o Baião de Gonzaga

"Eu vou mostrá pra vocês Como se dança um baião E quem quiser aprender É favor prestar a atenção" (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira, 1945)

A Patrulha da Madrugada e uma polêmica nos dourados anos 30

Naquele final dos anos 30 eles eram conhecidos na provinciana Curitiba de menos de 100 mil habitantes como A Patrulha da Madrugada. Nos sonhos intelectuais dos vinte e poucos anos, faziam aquele jornalismo que era uma mistura da mais sadia boêmia embalada com a tinta literária, nas páginas da "Gazeta do Povo" e "O Dia" - os dois principais jornais da época.

Uma revisão do Brasil nas "Histórias do Cotidiano"

Noilton Nunes, 46 anos, bastante conhecido em Curitiba pelos cursos práticos de cinema que orientou na Cinemateca do Museu Guido Viaro nos bons tempo em que Valêncio Xavier sabia dirigir aquela unidade da FCC, é um cineasta persistente. Trabalhou anos para conseguir montar e concluir "O Rei da Vela", com os milhares de pés rodados por José Celso Martinez Corrêa, da antropofágica montagem da peça de Oswald de Andrade feito pelo Teatro Oficina.

As lições de Brasil, o grande paranaense

Duas décadas após ter se formado pelo curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná, a curitibana Maria Célia Pinheiro Machado Paoli acaba de concluir o mais alto crédito de sua carreira universitária: retornou há uma semana de Londres, após fazer a defesa de sua dissertação de doutorado "Labor, Law and the State in Brasil - 1930/1950", apresentada na Birkek College University. Seu orientador foi um dos mais eminentes historiadores ingleses, Eric J. Hobsbawn, reconhecido em todo mundo e com várias obras publicadas no Brasil, inclusive o ensaio "Os Bandidos".

Caipira, os pioneiros da produção independente

A música caipira nasceu no Brasil de forma independente em termos fonográficos. Isto porque em 1929, quando o folclorista, compositor e animador Cornélio Pires (Tietê, SP, 1880-SP, 1958) procurou o famoso Mr. Evans, todo poderoso tycon da RCA Victor propondo a gravação de uma série de 78 rpm com artistas sertanejos, a resposta foi, um sonoro "não". Cornélio perguntou quanto custaria a gravação dos discos. Mr.Evans respondeu que não interessava mais ante a insistência pediu uma soma absurda.
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