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Toninho Paladino

Artigo em 17.01.1982

Surpreendentemente, foi um frevo ("Muito Prazer", João Paraná/Panchito Arabé) que venceu o Abre-Alas – Festival de Música de Carnaval, em sua 2a edição, encerrada na semana passada. Para os paranaenses, o frevo é um gênero praticamente desconhecido – apesar de seu calor e vibração, o que pode explicar o engano que Paraná/Panchito cometem na primeira fase de sua música ("O frevo nasceu na Bahia)

De Bonnie aos ciganos, e consumo discográfico

Bonnie Tuler, uma cantora pop que tem um público fiel, retorna após uma ausência de três (Bitterblue", BMG). Vem cercada de autores, produtores, músicos e técnicos especializados no sucesso descartável, capaz de emplacar faixas nas paradas. Por exemplo, quatro das 14 músicas foram escritas e produzidas por Giorgio [Moroder], o homem que em Munique, anos atrás, deslanchou o modismo "Discoteque Sound". Na faixa "Heaven is Here", há um dueto entre Tyler e [Morder] e em "Thill The End Of Time" ouve-se o vocal de Dan Hertman.

Embarque numa viagem quando cinema trazia grandes músicas

Enquanto as trilhas sonoras, integrais, têm um público fiel - mas que se mostra cada vez mais contrariado pela falta de melhores opções (excelentes trabalhos continuam inéditos no Brasil, enquanto o lixo montado com descartáveis faixas pop é lançado), um segmento bem mais amplo, que apenas assimila as sound track em seus limelight's após anos de insistência prefere seleções dos temas mais conhecidos.

Melhora o nível das músicas nas novelas

Na estimulante briga de audiência, as telenovelas estão reciclando suas trilhas sonoras. Longe vai o tempo em que as canções-temas eram escolhidas apressadamente, na base do "gosto" dos diretores das séries que buscavam, antes de tudo, promover e divulgar certos lançamentos - de discutíveis méritos. Embora, naturalmente, a inclusão de uma canção numa telenovela em horário nobre signifique uma catipultuada para o sucesso, hoje se busca o nível artístico sempre que possível.

Um céu sonoro com o som dos mestres

Cada vez melhora mais a orquestra celeste enquanto aqui na terra vamos ficando mais pobres em talentos. A triste rotina de anotar datas de falecimentos dos grandes nomes da música é tarefa para pesquisadores atentos em manterem atualizados suas obras de referência, como faz o incansável professor Alceu Schwaab. Uma prova de como o Brasil perdeu, nestes últimos anos grandes talentos está no interessante "Choro no Céu - Choros Famosos - solistas inesquecíveis" (Sigla/Som Livre), produzido por Toninho Paladino e Waldyr Santos.

O som é verde-amarelo com o futebol no Mexicoração

... E o Brasil continua a cantar o hino de Miguel Gustavo, que há 16 anos passados, também do México, fazia o som para o selecionado canarinho chegar a conquista da taça Jules Rimet - sonho tão acalentado pela maior torcida deste País de Futebol.

O som para karaokê e o samba em potpourri

Uma das mais interessantes séries fonográficas existentes na Europa e Estados Unidos é a "Minus One", que na República Federal da Alemanha é editada através da Schott's. Trata-se de elepês nos quais há sempre o espaço vago para um instrumento - retirado o som da mixagem final. Destina-se, assim, aos estudantes e músicos amadores colocarem as gravações em play back e solarem o instrumento que executam (metal, cordas, percussão, teclados, etc.), acompanhados de uma esplêndida orquestra.

Memórias destes que já se foram

Mais do que um disco, a saudade: "Memories", montagem coordenada por Ney Padilha Filho/ Mário F. Bastos, pra lançamento via SBT, traz nostálgicos momentos da carreira de três grandes nomes da música americana, todos já falecidos: Louis Armstrong, Bing Crosby e Earl Grant.

Trilhas sonoras

Local Hero é o título original deste filme escrito e dirigido pelo desconhecido Bill Forsyth que não tem ainda data de lançamento no brasil. Se do filme nada se sabe, de sua trilha sonora - lançada pela Polygram em sua série azul - já sabemos: é magnífica. Como lembrou Ezequiel Neves, pode (e deve) ser considerado o primeiro LP - solo do líder e guitarrista ótimo grupo inglês Dire Straits: Mark Knopfler. entre o country pop, Knopfler nos oferece 13 temas próprios (só o belo "The Mist Covered Mountains" não é de sua autoria) onde mostra sensibilidade e inteligência.
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