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Maurício Quadrio

Brasil musical que a Caju está exportando

Na verdade, seriam reedições se não fosse o fato de saírem agora com tanta perfeição sonora que a sensação é de uma novidade. Peter Klann, um alemão que se [?] brasileiro tanto ao ponto de aqui estar editando o que de melhor [??] termos em matéria musical - numa época em que o lixo sonoro é empurrado ouvidos abaixo dos consumidores - dá mais uma mostra de carinho para com a nossa melhor música instrumental.

Música Brasileira - As reedições chegam com qualidade

Por múltiplas razões, a reedição se tornou uma forma de gravadores tradicionais - ou mesmo produtoras independentes, na área nostálgica - para enfrentar estes tempos de recessão. Afinal, para as gravadoras que dispõem de grandes acervos não custa quase nada providenciar remontagens de gravações de artistas que passaram pelos seus estúdios. Infelizmente, a maioria dos lançamentos é feita de uma forma caça-níquel - e nisto a Continental é campeã absoluta - recolocando dezenas de vezes no mercado, com títulos e capas diferentes, as mais esdrúxulas montagens.

Os tangos e boleros com Luna e Agostinho na arte do encontro

Fundada há 37 anos, como um modesto estúdio, a RGE se constitui ao lado da Continental, a única marca basicamente nacional - já que a terceira que resistia, a Copacabana, foi vendida - em seu acervo e selos - para o grupo Sony. Ao longo de quase quatro décadas, a RGE reuniu um acervo notável, pois foi quem lançou cantoras como Maysa, Agostinho Rodrigues, orquestra como a do italiano Simonetti e Pocho, conjuntos marcantes da Bossa Nova como o Zimbro Trio, e compositores revelando-se intérpretes como Chico Buarque, Toquinho e Vinícius de Moraes - só para citar alguns exemplos.

Era do CD amplia o mercado clássico

O crescimento impressionante do mercado do compact disc - a tal ponto que se reduzem as previsões de que o vinil ainda teria público até o final do milênio - beneficiou, basicamente, o público que consome música clássica e jazz. Exigente pela sua própria cultura, buscando sempre as melhores gravações, esta faixa (privilegiada) de colecionadores, que tradicionalmente já vinha se abastecendo de produtos importados, passa a ter graças a gravadoras como a Polygram, lançamentos cada vez melhores e atualizados, que estão saindo no Brasil quase que simultaneamente ao Exterior.

Jazz - O eterno Satchmo e o novo gênio Marsalis

Um dos aspectos mais significativos no trabalho de Maurício Quadrio como responsável pela área de jazz da Sony Music (ex-CBS) é a sua visão ampla em oferecer tanto os trabalhos mais historicamente importantes do passado, paralelamente a produção do que existe de melhor na música instrumental. No último suplemento (julho/agosto), há exemplos marcantes. Dois álbuns magníficos para quem curte jazz: o sexto volume da série Louis Armstrong ("St. Louis Blues") e o penúltimo álbum do melhor pistonista da atualidade, o consagrado Wynton Marsalis ("Standard Time - Volume 2 - Intimacy Calling").

CD em ascenção conquista o mercado

Meia dúzia de lojas em Curitiba que praticamente estão se especializando em discos laser, enquanto outros pontos de vendas - mesmo de espaços mais populares, como supermercados e lojas em bairros abrindo amplos balcões para CDs, uma nova e sofisticada empresa - a Ultra Disc, inaugurada há poucas semanas na Rua Augusto Stresser, - com uma grande mídia promocional, confirmam aquilo que poucos acreditavam: mesmo com todas as dificuldades econômicas do país, a sofisticação do CD prova que existe muitos milhões de cruzeiros para circular nesta faixa específica de mercado.

Banquete para os ouvidos com as audições eruditas

O setor clássico é, naturalmente, a menina dos olhos de ouro no planejamento das edições em CDs. Facilmente explicável: se constitui na faixa de consumo de melhor poder aquisitivo e também a mais exigente. Portanto, Maurício Quadrio, da Sony Classical, ex-CBS, que desde o ano passado há havia abandonado as edições em vinil, optou por CD/cromo para a produção que sairá este ano com o novo selo.

Clássicos e jazz agora só em edição CD/cromo

Definitivamente a era do laser chegou. Quem duvidava de que o novo processo demoraria a emplacar pelo seu custo enganou-se. Duas fábricas de CDs - a Microservice, em São Paulo e a VAT, em Manaus, estão com produção a toda para atender as várias gravadoras seja na área de reedições - desde trabalhos originais como a que Leon Barg, da Revivendo, está fazendo com antigos 78 rpm até discos dos mais comerciais - ou em lançamentos inéditos, alguns, inclusive, só saindo em CD e fita cromo.

Aquelas "big bands" que fizeram o mundo dançar por muito tempo

Durante pelo menos três décadas, eles reinaram absolutamente. Amparados em exercícios de fulgurantes metais dourados, em contraponto a ajustadíssimas secções de cordas e discreta percussão, com harmonias perfeitas, as big bands eram absolutas em sua popularidade. Mesmo sem chegar a inventividade dos negros gênios jazzísticos - como os angustiados Charlie Parker, ou Lester Young - que se debatiam entre o álcool e drogas, músicos-maestros menos famosos junto aos círculos cult eram, entretanto, muito bem sucedidos financeiramente.

Léo é agora executivo da Deutsch em Hamburgo

Quando Maurício Quadrio deixou a Polygram para assumir a divisão de projetos especiais da EMI/Odeon (de onde se transferiria para a CBS, na qual se encontra até hoje), a direção da multinacional holandesa decidiu investir num jovem que começava na fonografia: Leonardo Monteiro de Barros. Filho de um dos mais brilhantes jornalistas brasileiros - Arthur da Távora (hoje deputado federal e que já concorreu ao governo do Rio de Janeiro), excelente base cultural e, sobretudo, apaixonado pela boa música, Léo soube justificar o cargo que assumiu.
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